Haiti - Ajuda humanitária ainda é insuficiente

Rodrigo Alvarez de Porto Príncipe, Haiti


Apesar da chegada de contingentes militares e humanitários de vários países, os haitianos ainda vivem sob o caos.


Só a tiros a polícia consegue conter aqueles que se arriscam nas ruínas de Porto Príncipe. São quase sempre jovens que saqueiam escombros de lojas e supermercados. Comida e cigarros roubados são disputados no braço.

Um dos artigos mais valorizados no mercado negro é a pasta de dente: os sobreviventes passam debaixo do nariz, para afastar o cheiro terrível que vem da decomposição dos corpos. Quem não tem pasta, nem máscara, se vira amarrando camisetas, lenços ou qualquer coisa que cubra o rosto.

Médicos temem que as piores consequências da tragédia ainda podem estar por vir. No Haiti, onde Aids, tuberculose e malária são problemas frequentes, há muitas as crianças subnutridas e a higiene já era um desafio. O terremoto pode provocar um dos piores desastres médicos da história.

Quem passa o dia trabalhando na cidade devastada, seca e calorenta, também corre riscos. A equipe de reportagem tentou comprar água potável durante duas horas e 40 minutos. Encontrou uma oferta de água condicionada em saquinhos cuja procedência é duvidosa.

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Fonte: G1.globo.com/Jornal da Globo

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