A Fé Que Pratica A Palavra


Por José Lima de Farias Filho

“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. (Tg 1:22)

O trecho de Tiago capitulo um, versículos de vinte e um a vinte e cinco confronta uma das falhas mais graves que os cristãos podem cometer: a não aplicação dos ensinamentos de Deus na vida diária. O escritor sagrado revela que, entre seus leitores, havia muitos que ouviam a Palavra, mas não a praticavam. A falsa idéia segundo a qual o cristão “uma vez salvo, está salvo para sempre” fez com que aqueles irmãos se acomodassem, tornando a graça salvadora de Deus inoperante em suas vidas.

A palavra de Tiago àqueles irmãos é palavra viva de Deus para os cristãos de hoje, especialmente aos que insistem em viver uma fé que não vai além dos cultos, da Escola Bíblica, do grupo de louvor, das programações da igreja. Tiago nos mostra o que acontecerá com os que ouvem e não praticam e com os que ouvem e praticam a palavra de Deus.

I - ENTENDENDO A MENSAGEM

Tiago 1:21-25 pode ser chamado de “O Tópico da Palavra”. Nesse trecho sagrado, o apóstolo declara aos judeus convertidos ao Cristianismo (Tg 1:1) duas verdades relacionadas à poderosa palavra de Deus: 1) Os salvos não deveriam esquecer que a Palavra foi implantada no coração deles; 2) estes não deveriam esquecer-se de praticar esta Palavra implantada em seus corações. Estas duas verdades espirituais são um lembrete do nascimento espiritual concedido graciosamente pelo Senhor ao seu povo, através da palavra de Deus (...) para que eles evitassem o tipo de comportamento associado com a vida antiga e começassem a viver pelo padrão da palavra que os havia salvado. [1]

Mas como a Palavra foi implantada no coração daqueles salvos e como eles a deveriam praticar? Para explicar a primeira questão, Tiago usa a palavra “despojando-vos”, que, no grego, é apotithemai, cujo significado é “tirar as vestes” de alguém, no sentido de “despir-se” de comportamentos passados e errados. É com este pensamento que Paulo admoestou os cristãos de Roma: “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz” (Rm 13:12); de Éfeso: “Mas não foi essa a maneira de viver que vocês aprenderam como seguidores de Cristo. Com certeza vocês ouviram falar dele e, como seus seguidores, aprenderam a verdade que está em Jesus. Portanto, abandonem a velha natureza de vocês, que fazia com que vocês vivessem uma vida de pecados e que estava sendo destruída pelos seus desejos enganosos” (Ef 4:20-22 – NTLH); e de Colossos: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus {sobre os filhos da desobediência}. Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas. Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;" (Cl 3:5-10)

Tiago proclama a necessidade de os salvos mudarem de comportamento: “Portanto, deixem todo costume imoral e toda má conduta. Aceitem com humildade a mensagem que Deus planta no coração de vocês, a qual pode salvá-los” (Tg 1:21 – NTLH). A mudança deveria ser caracterizada desta forma: Os salvos se despem das impurezas, ao mesmo tempo em que recebem a Palavra implantada por Cristo, “a qual pode salvá-los”. A partir do momento em que a Palavra é implantada no coração (quando a pessoa se rende a Cristo), ela espalha-se, cativa o ser inteiro, de maneira que a alma é transformada em consonância com a natureza do organismo nela enxertado. Isso pode ser confrontado com o trecho de Mt 13:19, que diz: “... a palavra do reino ... que lhes foi semeado no coração...” A vida está envolvida em tudo isso; de fato, uma modalidade de vida. Deus nos confere a natureza divina de seu Filho, com todos os atributos pertinentes (ver Cl 2:10), porquanto é a sua vida que se propaga em nós e que, finalmente, nos transforma, em cada célula de nosso ser, em células semelhantes às dele mesmo. [2]

Ao dizer que o evangelho ou a palavra de Deus havia sido implantado, enxertado no coração, Tiago está afirmando que este conteúdo espiritual toma conta de todo o corpo e, como resultado, surge uma nova pessoa com um novo modelo de vida. Esse acontecimento é tão real que pode ser comprovado em milhões de pessoas, em toda a história humana; uma das pessoas que passou por essa transformação radical foi o apóstolo Paulo, e ele descreve seu novo modelo de vida com estas palavras: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Fp 1:21; Gl 2:20)

Em outras palavras, a vida de Cristo que havia sido implantada em Paulo, quando ambos se encontraram na estrada de Damasco, com o passar do tempo germinou, cresceu, deu frutos e amadureceu. Isso é despojamento. A pessoa é salva, e, em continuidade a esse processo salvífico, é transformada em nova criatura, porque “segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas” (Tg 1:18). Este resultado maravilhoso, Paulo explicou para os cristãos de Corinto: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co 5:17).

Está claro que a implantação da Palavra que salva e transforma é obra exclusivamente de Deus. Ao salvo, porém, cabe a responsabilidade de acolhê-la com mansidão. É neste ponto que Tiago proporciona a seus leitores uma das orientações espirituais mais lúcidas e equilibradas a respeito da salvação como algo concreto no tempo e no espaço. Sem rodeios, ele declara: “Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática. Porque aquele que ouve a mensagem e não a põe em prática é como uma pessoa que olha no espelho e vê como é. Dá uma boa olhada, depois vai embora e logo esquece a sua aparência. O evangelho é a lei perfeita que dá liberdade às pessoas. Se alguém examina bem essa lei e não a esquece, mas a põe em prática, Deus vai abençoar tudo o que essa pessoa fizer.” (Tg 1:22-25 – NTLH)

O apóstolo seleciona dois tipos de pessoas: as que ouvem e não praticam e as que ouvem e praticam a Palavra. Do primeiro grupo, fazem parte aqueles que vão aos cultos achando que isso é tudo que de melhor podem fazer. Na avaliação de Champlin, não é virtude ouvir lições e sermões, como se isso fosse um medicamento espiritual, uma vez que nossa presença nos cultos, se ali estivermos somente para cumprir um costume, não impressiona a Deus. Por termos sido arrancados do inferno e trazidos para o reino de luz de Cristo (Cl 1:13), e por termos sido transformados em filhos de Deus (Jo 1:12), temos a obrigação de pormos em prática aquilo que ouvimos. Qualquer um de nós que ouvir, mas não praticar e ainda pensar que é um crente, está perdido numa grande ilusão. [3]

Os ouvintes não-praticantes acreditam na graça divina, mas agem como se esta fosse base para a doutrina da “crença fácil”, segundo a qual idéia, ao homem é dada passagem livre para os céus, sem a necessidade de real conversão e de transformação moral segundo a imagem de Cristo. O que torna tão vital essa questão é que há um grande número de tais pessoas; e, infelizmente, a pregação superficial na igreja, que não exige moralidade, e nem desafio espiritual para a transformação segundo a imagem e a natureza de Cristo, tem promovido o culto dos “ouvintes que não são praticantes” da Palavra. [4]

J. F. Bost simplifica a ilustração de Tiago sobre o espelho com estas palavras: O ouvinte que não pratica é semelhante a uma pessoa que olha no espelho e vê seu rosto, mas quando se retira, logo esquece como era sua aparência. O espelho serve para mostrar o que deve ser corrigido na aparência física. Temos o costume de olhar no espelho várias vezes por dia e, de acordo com o que vemos, penteamos o cabelo, lavamos o rosto ou ajustamos a roupa. A palavra de Deus é como um espelho espiritual. Olhando nela podemos ver o que precisa ser corrigido em nossas vidas. Ouvir a palavra, sem modificar a vida, é igual a ver no espelho o cabelo despenteado e não fazer nada. Neste caso, o que adianta olhar? [5]

São assim os que ouvem a Palavra, mas não a põem em prática: ouvem sermões, estudam lições, lêem a Bíblia, oram, mas, na hora de agir, o fazem com base em seus próprios pensamentos e desejos, não estando verdadeiramente motivados a viverem conforme o modelo implantado por Deus. Os mesmos não negam a inspiração das Escrituras; mas, em suas vidas diárias, praticam muitas coisas que demonstram que não levam a sério a Palavra de Deus. Talvez até cheguem a denunciar os heréticos, que se desviam daquilo que pensam ser a doutrina correta; mas, em suas vidas, são hereges práticos, discordando dos ensinamentos da fé que defendem. [6]

Em contrapartida ao grupo dos perdidos, há o grupo dos que consideram, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade (lei na versão de Cristo ou da forma como ele a interpretou e vivenciou – cf. Mt 5-7, 11:28-30) e nela perseveram, não sendo ouvintes negligentes, mas operosos e praticantes; a esse grupo, o inspirado Tiago garante: “esse será bem aventurado no que fizer” (v.25). Estes são capazes de ler e ouvir a Palavra, e, ao serem confrontados com ela, deixam de mentir, de trair, de falsificar, de adulterar, de desonrar, enfim, deixam “a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca” (Cl 3:5,6,8).

Douglas Moo interpretou bem o ensino de Tiago: O que Tiago afirma, ao descrever a palavra deste modo, é que o cristão não deve pensar que está tudo terminado depois que a Palavra de Deus o salva. A palavra torna-se uma parte permanente, inseparável do cristão, uma presença dominadora e orientadora dentro dele. Assim, a ordem para que “acolham” a palavra em vós implanta não é no sentido de que se convertam (...) mas de que aceitem seus preceitos como obrigatórios, procurando viver por eles. Os cristãos que verdadeiramente foram “gerados” (v.18) demonstram que a Palavra os transformou, quando eles humildemente a aceitaram como autoridade e diretriz para a vida. [7]

Não menos importante que deixar as velhas práticas e começar a praticar uma nova conduta, é perseverar nesse novo modelo de vida, pois não é suficiente ouvir e praticar durante um bom tempo, alguns dias, um ano ou mais, e depois, quando vierem problemas e provações, desistir. A benção do Senhor vem sobre quem fica firme no caminho certo até o fim. Esta pessoa “(...) será bem aventurada no que realizar.” (Tiago 1:25) [8]

II - APLICANDO O CONHECIMENTO EM NOSSA VIDA

A prática da palavra de Deus nos liberta - Aqueles que consideram atentamente a palavra de Deus, Tiago diz que são pessoas que ouvem e praticam a “lei da liberdade” (Tg 1:25). Não estamos acostumados a ver a lei de Deus desta forma. Geralmente, nós a vemos como algo que rouba nossa liberdade, nossos direitos, nossa vontade de decidir por nossa própria cabeça; gabamo-nos de não fazermos isso, aquilo e outras coisas proibidas na lei; entretanto, aqui e ali, estamos tendo a sensação de que a lei de Deus restringe certas ações que gostaríamos de praticar, e, em razão disso, nós a rejeitamos, lá no fundo do coração; enfim, a visão que temos da lei de Deus está quase sempre relacionada aos pecados que devemos evitar ou ao padrão de conduta moral que devemos ter. Isso é bom; porém, Tiago nos convida a olharmos para a lei de Deus como algo que nos dá liberdade.

Sim, o evangelho de Cristo nos liberta da concupiscência da carne que nos engana, nos escraviza e nos seduz a praticarmos pecados que nos envergonham diante de nossos semelhantes, e podem até nos levar à morte, como nos é dito por Tiago (1:14-15). A palavra de Deus, porém, tem poder para nos tirar dessa prisão e nos tornar livres para “experimentarmos qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2). Em Cristo, estamos livres da escravidão do pecado (Rm 6:11-14; Gl 2:13, 5:1,13; Cl 1:13; I Pe 2:16). Portanto, quem pratica a palavra de Deus, não tem sua liberdade restringida; ao contrário, é liberto por ela, como disse Paulo: “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8:2). Aleluia!

A prática da palavra de Deus nos aperfeiçoa - Aqueles que consideram atentamente a palavra de Deus, Tiago diz que são pessoas que ouvem e praticam a “lei da perfeição” (v.25). A palavra que é implantada para a salvação e que liberta da escravidão da carne é a mesma que aperfeiçoa o salvo na prática da vontade de Deus. A palavra de Deus combate diariamente as imperfeições daquele que considera, atentamente, na lei perfeita e nela persevera, o que pressupõe um trabalho de paciência. “Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma”. (Tg 1:4)

Acreditamos que a experiência de vida da maioria dos salvos comprova que a prática paciente e perseverante da palavra de Deus, os tem aperfeiçoado, ao longo dos anos, de forma que a vida de Cristo vai se tornando cada vez mais visível através da demonstração das boas obras. A busca pela perfeição é um mandamento divino (Mt 5:48; II Co 13:11); e só é encontrada na palavra de Deus: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (II Tm 3:16-17).

Quer você deixar a fase de meninice espiritual? Abandone o time dos ouvintes que não são praticantes da Palavra. Chega de se alimentar com conteúdo infantil! Porque “o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal” (Hb 5:14).

A prática da palavra de Deus nos salva - Deixei a questão da salvação para o final de forma propositada, uma vez que Tiago fala sobre o tema logo no início do trecho em estudo (Tg 1:21-25). No versículo 21b, ele aconselha: “recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma.” Em geral, nossa visão sobre a salvação limita-se ao momento em que a pessoa se rende a Cristo, o inesquecível “dia em que aceita a Jesus”. Mas, a verdade não é bem assim. Na Bíblia, a salvação é um processo que tem início, meio e fim. Trata-se de uma marcha constante, que envolve o passado, quando fomos justificados e livres da penalidade do pecado (I Pe 1:3,9,18, 4:3); o presente, quando somos santificados e livres do poder do pecado (I Pe 1:14-16, 2:1), e o futuro, quando seremos glorificados e livres da presença do pecado (I Pe 1:7, 5:4,10). Paulo explicou esse processo a Tito (Tt 2:11-13).

Estamos no tempo presente da salvação, e, neste tempo, a salvação que ganhamos graciosamente, em Cristo, exige-nos santificação. De que maneira? Pela única maneira: a obediência à palavra de Deus (Jo 17:17). Sem essa santificação, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).

Percebeu a gravidade de ser um ouvinte não-praticante? Por ser um processo, a salvação exige a prática da palavra de Deus. Você não pode ganhar a salvação (justificação), pois ela é unicamente pela graça de Cristo; mas, você pode perdê-la, se não santificar sua vida pela obediência à palavra de Deus (santificação): “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.” (II Co 7:1 – cf. Cl 1:21-23).

CONCLUSÃO

Não podemos cair no erro de achar que a nossa salvação está concluída. É verdade que já fomos justificados e que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). Porém, a salvação ainda está sendo processada em nós; estamos sendo santificados para que possamos viver eternamente com aquele que é Santo, Santo, Santo. Através da prática da palavra de Deus, demonstramos se estamos caminhando para a morte ou para a vida. Em frente à terra prometida, Deus exigiu obediência de seu povo, como forma de mantê-lo com vida em Canaã: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente” (Dt 30:9).


Que Deus nos abençoe!




Referências bibliográficas:
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[1] DOUGLAS, J. Tiago – Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 2005, p.80.

[2] CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo: Candeia, 1995, Vol. 6, 9a Impressão, p. 29.

[3] Idem

[4] Idem

[5] BOST, J. F. Praticantes da Palavra. São Paulo: Vida Cristã, 1993, p. 38.

[6] CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo: Candeia, 1995, Volume 6, p. 29.

[7] DOUGLAS, J. Tiago – Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 2005, p.81.

[8] BOST, Jaqueline Foster. Praticantes da Palavra. São Paulo: Vida Cristã, 1993, p. 39.


Fonte: Estudo sobre a fé baseado na epístola de Tiago - Reproduzido e divulgado no PCamaral

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