O Ensino da Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, a Espada do Espírito!

Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (Efésios 6:17)

Os sacerdotes devem ensinar a verdade a meu respeito, e todos devem pedir conselho a eles para saber o que é direito, pois os sacerdotes são os mensageiros do Senhor Todo Poderoso. (Ml 2:7 - NTLH)

A palavra ensino é derivada do hebraico towrah, ou Torah, Torá, תּוֹרָה que significa lei, orientação, instrução. Em Malaquias 2:7, ensino refere-se a um conjunto de orientações ou instruções dadas por Deus aos sacerdotes. O sacerdócio não é um trabalho, mas um chamado divino. Hoje, essa função importantíssima é exercida pelos pastores. O pastor cristão, para realizar essa tarefa santa com fidelidade, precisa ter uma experiência real de salvação pela fé em Cristo, um chamado ministerial real de Cristo, um amor genuíno e um conhecimento profundo da palavra de Cristo. A verdadeira instrução sai da boca do sacerdote fiel a Deus. A Bíblia revela que Esdras “ensinou fielmente a lei de Moisés durante a Festa dos Tabernáculos no outono, de acordo com as determinações deuteronômicas (Dt 31.9-11; Ed 8.1) [HARRIS, R. L. (org.) Dicionário internacional de teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998 pag. 661]. Como Esdras, há muitos exemplos na Bíblia. Todavia, nem sempre é assim. Houve muitos sacerdotes infiéis a Deus, que ensinaram mentiras por dinheiro, conforme declara Miquéias: Os seus cabeças dão a sentença por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro (3:11). Para combater esse abominável pecado, Malaquias 2:7 nos oferece as seguintes instruções:

1. Os sacerdotes devem ensinar a verdade: O sacerdote tem o dever de ensinar a palavra de Deus ao povo adequadamente. Malaquias denunciou o relaxo dos sacerdotes de seu tempo, que estavam ensinando perversidade, que profanavam a lei do Senhor em palavras e atos, e assim, roubavam do povo a esperança em Deus. “Eram anjos (mensageiros) de Deus e de Sua luz, mas tornaram-se agentes da escuridão” [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5 pag. 3708]. Tais sacerdotes perverteram “o conhecimento da lei, transformando o positivo em negativo, e o negativo em positivo. Cf. Lev. 10.10,11; Deu.24.8; Jer.18.18” [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5 pag. 3708]. Perderam o temor e a reverência a Deus (cf. Ml 1:10-16). A Bíblia declara que todos os salvos são sacerdotes (Ap 1:6, 5:10), todavia, o pastor é o sacerdote maior. É por ele que o povo conhece os ensinos divinos. Para tanto, além de orar e jejuar, o pastor precisa estudar e examinar acuradamente a palavra de Deus, pois não pode dizer qualquer coisa “em nome do Senhor”. Ele tem que conhecer bem a verdade para poder ensiná-la ao povo. E mais: antes de ensinar a verdade de Deus, ele tem que internalizá-la, ter experiência com ela, caso contrário, o povo perceberá que tal ensino lhe é estranho, desconhecido, e, portanto, sua instrução é incoerente e ineficaz. Há de ser diferente! De seus lábios deve fluir a verdade divina (cf. Dt 17:9-11).

2. Todos devem pedir conselhos a eles: Para ensinar em Israel, o sacerdote tinha que conhecer a lei (Dt 33:8-10). Se o sacerdote não sabe a Palavra, o povo se perde (Os 4:6). Mas, se ele conhece a lei do Senhor e a explica com clareza, o povo aprende a obedecer a Deus (cf. II Cr 17:7-10; Ne 8:7-11). “Malaquias concede ao sacerdote o papel de conselheiro, procurado por pessoas que precisam de orientação em situações especiais, e para isso era essencial ter uma experiência pessoal com Deus e conhecimento da sua lei.” [BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1982 pag.197]. O sacerdote é procurado porque é um mensageiro de Deus, e como tal, tem sempre uma orientação divina a dar. Ao ser procurado, o pastor não pode negligenciar a palavra de Deus e a verdade de Deus. Deve estar com ela na “ponta da língua”. Não deve ter medo de se “queimar”, de se “desgastar”. Há de proferi-la com educação, com sabedoria, com respeito, mas, sobretudo, com firmeza e convicção. A Palavra é a única chance de cura da ovelha. E o pastor a tem dentro de si, pois vive na presença de Deus. É seu dever ensinar! De seus lábios, em vez de iniqüidade, sai à palavra de Deus. A ovelha ouve, se edifica e se alegra. Assim fizeram Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram. (At 15:32)

3. Para saber o que é direito: Toda a pregação de Malaquias pode ser considerada como uma mensagem forte, grave e contundente. Ocorre que o profeta sabe que o povo perdeu a noção do que é certo e reto, a nação israelita está em franca desobediência e ainda pergunta a Deus em que o desobedece, o aborrece, o rouba. Um cinismo tomou conta do povo eleito. Como isso pôde acontecer? Os sacerdotes se tornaram desonestos no ensino e na prática da lei de Moisés, destruíram “a aliança divina com Levi” e por isso, “o povo transgredia mais generalizadamente através do casamento com pagãos, abandonando suas esposas para poderem se casar novamente” [PFEIFFER, F. C. & HARRISON F. E. Comentário Bíblico Moody: Isaías a Malaquias. São Paulo: IBR, 2001, Vol. 3, pag.380]. Malaquias afirma que o povo de Deus só sabe o que é certo quando os sacerdotes são fiéis. Estes foram designados para apresentar o conhecimento e a vontade de Deus. Que honra! É por isso que o profeta declara: da sua boca devem os homens procurar a instrução. Apesar do fracasso da maioria dos docentes (professores), o povo não deveria deixar de buscar o conhecimento divino, pois sempre há verdadeiros e fiéis sacerdotes no meio dos falsos. Haverá sempre aqueles que andam com Deus (Gn 5:22,24; 6:9). E quando o povo encontra um fiel pastor, até mesmo os murmuradores hão de aceitar [a] instrução. (Is 29:24)

4. Pois os sacerdotes são mensageiros do Senhor: Quando a desobediência e o mau exemplo vêm de cima, isto é, da liderança, o povo perde a referência espiritual e se perde. Com o tempo, aqueles que foram separados para ensinar a sabedoria e a vontade de Deus, deixam de ser vistos como homens de Deus e passam a ser percebidos como pessoas comuns. Em alguns casos, até inferiores a líderes seculares. Ao ver esse declínio do sacerdócio em Israel, Malaquias profetizou afirmativamente:
“[O sacerdote] é mensageiro do Senhor dos Exércitos. E todos deveriam saber isto: a função principal do sacerdote é instruir conforme a lei moral que é fundamentada na verdade de Deus. O povo, porém, reconhece o sacerdote como legítimo mensageiro de Deus, muito mais pelo viver dele de acordo com a lei que ensina e por sua real comunhão com Deus. Isto quer dizer que o pastor de hoje deve viver a palavra e ter o Senhor Jesus Cristo como modelo de fé e conduta cristã. Jamais o povo deve confundir o pastor com um empresário, um profissional liberal, um funcionário público. Não! O pastor fiel é mensageiro divino, é transmissor do pacto eterno, e como Malaquias, é capaz de esquadrinhar “profundamente os problemas de hipocrisia, infidelidade, casamentos mistos, divórcio, falso culto e arrogância.” [WILKINSON, B. &; BOA, K. Descobrindo a Bíblia. São Paulo: Candeia, 2000 pag.320].
Pelo exposto acima, se vê que o quanto é importante o ensino verdadeiro das Escrituras Sagradas para o povo de Deus, o quanto é fundamental que aqueles que ensinam sejam fiéis a aliança feita por Deus com seu povo. Se o sacerdote for infiel, o povo o será. “Tal sacerdote, tal povo!” (cf. Os 4:4 e 9). Por tudo isso, a função sacerdotal ou pastoral é incrivelmente influente, seja para o bem, seja para o mal. Se o sacerdote for infiel no ensino da palavra, o povo se perderá; se for fiel, o povo se achará e será salvo, pois o próprio Deus é quem falará e se revelará por intermédio do ministro.

PRATICANDO A PALAVRA DE DEUS

O conhecimento bíblico precisa ser guardado - Malaquias profetizou: Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento. Quantos sermões bíblicos você já ouviu? Quantas Lições Bíblicas já estudou? Quantas palestras bíblicas já escutou? Quantas vezes você já leu a Bíblia? Seguramente, o Espírito Santo tem ensinado a você os caminhos de Cristo. Você é um sacerdote (Ap. 1:6; 5:10). Quanto ensinamento já recebeu não é verdade? Nessa condição, é seu dever guardar esse conhecimento, ou seja, você deve praticá-lo, vivenciá-lo, aplicá-lo em sua vida diária. É pecado conhecer e não praticar (cf. Tg 1:22-25). Guarde o ensino e seja um crente maduro, em nome de Jesus (Ef 4:11-14).

A orientação correta precisa ser oferecida - Malaquias profetizou: ... da sua boca devem os homens procurar a instrução. De fato, na boca do pastor fiel os salvos acham direção, caminho seguro. Depois de ter pregado muitos sermões bíblicos, depois de já ter ministrado muitas Lições Bíblicas, depois de já ter ensinado muitos temas espirituais, que balanço você faz? De sua boca, saiu mais ensino que conduzirá os fiéis à vida ou à morte? Lembre-se: é da língua dos mestres que saem os ensinos certos que levarão à obediência e às bênçãos ou os ensinos errados que conduzirão à desobediência e às maldições divinas (cf. Tg 3:1-12; Dt 28). Portanto, se você prega, ensina ou ministra a palavra, faça-o com fidelidade e verdade (cf. II Tm 2:5; Tt 1:1).

A mensagem divina precisa ser anunciada - Malaquias profetizou: ... porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos. Paulo costumava repetir: “Estou certo!” Ele tinha segurança no que cria e ensinava. Sabia de quem o tinha recebido. Era um mensageiro do Senhor! Como sofreu! Mas se dispôs. Atenção: a verdade de Cristo precisa ser anunciada. Mas como ouvirão, se não há quem pregue? (Rm 10:14). Você, que há muito tempo conhece a aliança eterna, por que se calou? Cansou de ensinar? Levante-se, em nome de Jesus! Disponha-se outra vez. Volte à docência. Você é um mensageiro do Senhor! Coloque a mensagem de novo em ação, ao alcance dos crentes, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado (Mt 28:20).

CONCLUSÃO

Está na hora de os verdadeiros sacerdotes, os verdadeiros pastores, os verdadeiros mestres, os verdadeiros professores do evangelho de Cristo entrarem em ação, tendo como arma a espada do Espírito, que é a palavra de Deus (Ef 6:17). A hora é agora! Os ouvintes estão sedentos e precisam receber a verdadeira instrução, os verdadeiros conselhos divinos, para que, finalmente, saibam viver de forma que agrade a Deus. A verdadeira guerra espiritual é esta: a luta da verdade contra a mentira. Cujo alicerce da verdade encontra-se numa das promessas mais robusta de Jesus: ... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32).

Ensinar a verdade: é a missão de sua vida, irmão. Amém!

Que Deus nos abençoe!

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DEC - PC@maral

Um comentário:

  1. IRMÃO PCMARAL,GRAÇA E PAZ DE JESUS CRISTO DE NAZARÉ.
    À JESUS CRISTO,TODA HONRA E GLÓRIAS PARA TODO SEMPRE.
    ELE É O SENHOR,NOSSO SALVADOR QUE NOS DEU VIDA ETERNA PENDURADO NUM MADEIRO,ONDE SEU CORPO FOI MUIDO EM NOSSO LUGAR! GLÓRIAS E SEMPRE GLÓRIAS A JESUS CRISTO DE NAZARÉ
    "A ARMA DO CRISTÃO CONTRA SATANÁS"
    TOMAI O CAPACETE DA SALVAÇÃO E A ESPADA DO ESPÍRITO,A PALAVRA DE DEUS!
    "A espada do Espírito,que é a Palavra de DEUS",é a arma ofensiva do cristão,para uso na guerra contra o poder do mal,hostes do inferno. Por esta razão,Satanás fará todos os esfoços possíveis para subverter ou destruir a confiança do cristão na Palavra de DEUS. A igreja precisa defender as Escrituras inspiradas contra o argumento de que ela não é a Palavra de DEUS em tudo que ensina. Abandonar a posição e a atitude de Jesus Cristo,dos discípulos e dos apóstolos para com a Palavra de DEUS é destruir seu Poder de convencer,corrigir,redimir,curar,expulsar demônios e vencer o mal. Negar sua fidedignidade total,em tudo quanto ela ensina é entregar-nos a Satanás; ler 2 Pedro 1.21; Mateus 4.1,11.
    "ORANDO NO ESPÍRITO".Efésios 6.18.
    A guerra do cristão contra as forças espirituais de Satanás exige dedicação a oração,e na Palavra de DEUS;"ORANDO NO ESPÍRITO","EM TODO TEMPO","COM TODA ORAÇÃO E SÚPLICA","POR TODOS OS SANTOS EM JESUS CRISTO"COM TODA PERSEVERANÇA".
    A oração não deve ser considerada apenas mais uma arma,mas parte do conflito propriamente dito,onde a vitória é alcançada,mediante a interversão do próprio DEUS. Deixar de orar diligentemente,sob todas as formas de oração,em todas as situações,é render-se ao inimigo, Satanás e deixar de lutar; ler Lucas 18.1; Romanos 12.12; Filipenses 4.6; Colossenses 4.2;
    I tessalonicenses 5.17.
    CONCLUINDO: O cristão está engajado num conflito espiritual com o mal,as trevas! Esse conflito é descrito como o combate da fé,que continua até o cristão galgar a vida eterna do porvir; ler 2 Coríntios 10.4; I Timóteo 1.18,19; 6.12; 2 Timóteo 4.7,8; Gálatas 5.17.
    "DEVEMOS TAMBÉM DIZER,E SEGUIR O EXEMPLO DO APÓSTOLO PAULO QUE DISSE EM 2 TIMÓTEO 4.7.
    Combati o bom combate,acabei a carreira,guardei a fé.

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