As qualificações de um presbítero – Parte 2


Por Hernandes Dias Lopes em Palavra da Verdade

Tendo tratado no post anterior da primeira parte, quando abordamos as qualificações para aqueles que aspiram o presbiterato, focando as áreas familiar, financeira e os relacionamentos interpessoais, hoje continuaremos, falando sobre a reputação pessoal, o domínio próprio, a maturidade espiritual e sua habilidade para o ensino.

Área da reputação pessoal

Duas virtudes são aqui mencionadas:

O presbítero precisa ser irrepreensível (3.2). “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível…”. O catálogo de virtudes do presbítero começa com um requisito que a tudo abrange. Uma pessoa irrepreensível é aquela que não apresenta nenhum defeito óbvio de caráter ou de conduta, na sua vida passada ou presente, que os maliciosos, seja dentro, seja fora da igreja, possam explorar para desacreditá-lo. Trata-se daquela pessoa que não está exposta a ataque ou censura. Uma pessoa irrepreensível não é a mesma coisa que uma pessoa perfeita; trata-se de alguém que tem uma vida coerente no lar, na igreja, no trabalho, na sociedade. É um homem que não tem vida dupla. É uma pessoa plenamente confiável, inexpugnável. Os inimigos podem assacar contra o presbítero toda sorte de acusações, mas ele sairá ileso, pois não apenas tem uma boa reputação, mas também a merece.

O presbítero precisa ter bom testemunho dos de fora (3.7). “Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo”. Embora o presbítero exerça seu ministério entre os domésticos da fé, seu testemunho transborda para além das fronteiras da igreja. Sua vida fora dos portões não é diferente daquela vivida dentro da família e da igreja.

Área do domínio próprio

Destacamos aqui quatro virtudes:

O presbítero precisa ser temperante (3.2). “… temperante”. O presbítero precisa ser sóbrio, atento, vigilante. A temperança tem a ver com o domínio de seus impulsos tanto na área sexual como em relação à bebida alcoólica.

O presbítero precisa ser sóbrio (3.2). “… sóbrio”. O presbítero precisa ser prudente, sensato e disciplinado. A sobriedade é a aquela virtude em que o homem se coloca acima das paixões e desejos e tem completo domínio sobre os desejos sensuais. Refere-se a seus gostos e hábitos físicos, morais e mentais.

O presbítero precisa ser modesto (3.2). “… modesto”. O presbítero precisa ser honesto e decoroso. É o homem em quem se unem força e beleza. Um homem modesto é despojado de vaidade, avesso à soberba.

O presbítero precisa ser controlado quanto à bebida alcoólica (3.3). “Não dado ao vinho…”. Um presbítero não pode ser um beberrão. A embriaguez não combina com o pastoreio. O álcool entorpece a mente e dificulta a faculdade de julgamento. Portanto, ensinar a palavra e ser dado ao vinho são duas coisas que não andam de mãos dadas.

Área da maturidade espiritual

O presbítero não pode ser um homem neófito (3.6). “Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo”. Um presbítero não pode ser um novo convertido, imaturo na fé. Precisa ser alguém sólido da fé, firme na doutrina e experimentado na vida. A imaturidade espiritual é o portal da soberba e a soberba é o solo escorregadio onde o diabo derruba muitos líderes.

Área pedagógica

O presbítero precisa ser apto para ensinar (3.2). “… apto para ensinar”. A palavra grega didaktikos, traduzida por “apto para ensinar” significa habilidade e aptidão para ensinar. O presbítero precisa ser um homem que se afadigue na Palavra e no ensino (5.17). O presbítero é um mestre, que ensina o significado da verdade cristã. É em estudioso que se esmera tanto no estudo como no ensino. E ensina tanto pela palavra como pelo exemplo. Ensina com palavras e também como por obras.

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