Freio na boca dos crentes




Até na boca dos cavalos colocamos um freio para que nos obedeçam. (Tg 3.3)

O freio trava e também imprime direção. Ao entrarmos à direita quando deveríamos entrar à esquerda, a primeira coisa a fazer é pisar no freio. O freio precede a correção. Pôr freio em alguém significa reprimir, sujeitar ou moderar. Daí, dizer que é preciso pôr freio no desânimo, é preciso pôr freio no emocionalismo, é preciso pôr freio no consumismo, é preciso pôr freio na traição. O freio é um protetor, uma salvação, uma graça sem tamanho. Asafe estava à beira do abismo, quase perdeu a confiança em Deus, quase saiu do caminho apertado para dobrar para o caminho largo, quase abandonou a fé que tinha até então. Mas ele entrou no templo de Deus e pôs o pé no freio.

O freio não é para frear a busca da santidade, do domínio próprio, da coragem de negar-se a si mesmo quantas vezes foram necessárias e sem perda de tempo. O freio não é para frear a consciência missionária cada vez maior nem a paixão pelas almas.

Embora possa incomodar, aborrecer, ir contra os chamados direitos humanos, nos privar dos prazeres passageiros do pecado e esmagar a pecaminosidade latente, o freio, no entanto, vai segurando tudo o que não queremos nem podemos perder. Quando vier o que é perfeito, quando vier o que é completo, a multidão de salvos vai homenagear o freio.

A ênfase de Tiago ao freio está concentrada no uso da língua, mas subtende-se que ele é útil em qualquer outra área. A vontade precisa de freio, a sexualidade precisa de freio, a exaltação própria precisa de freio. O estilo franco e direto de Tiago pode parecer rude, por usar a ilustração dos cavalos; porém, ela é muito apropriada!

– O freio enfrenta o mal e preserva o bem!


Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos.
Editora Ultimato - Elben César

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