Adolescentes da geração Z e os desafios da igreja: mais cristãos nominais, ateus e LGBTs


A recente constatação de um estudo do Barna Goup, instituto norte-americano especializado em pesquisas sobre fé e cultura, não é surpresa para muitos. As taxas de frequência na igreja, de afiliação religiosa e de oração e leitura da Bíblia já têm caído há décadas. Então a notícia de que os adolescentes da geração Z, os que nasceram entre 1999 e 2015, estão mais propensos a se identificarem como ateus ou LGBTs não é assim tanta novidade.

A pesquisa, que teve como foco a cultura, as crenças e as motivações dos adolescentes dos EUA revelou que a faixa de adolescentes entre 13 e 18 anos no país que se identifica como ateu chega a 13%, o equivalente ao dobro daquela da população geral, que fica entre 6 e 7%.

Os dados de outra pesquisa, do instituto Gallup, mostraram que um total de 4,1% dos estadunidenses se identifica como LGBT. Segundo os dados da Barna, 12% da geração Z descreve sua orientação sexual como outra que não seja heterossexual, com 7% desses se identificando como bissexuais.

A proporção dos que se declaram cristãos cai a cada geração. Três a cada quatro dos Baby Boomers (os nascidos entre 1950 e 1960) diz ser um cristão protestante ou católico, enquanto entre os adolescentes entre 13 e 18 anos a média passa a ser três a cada cinco. E somente 1 a cada 11 adolescentes foi considerado pelo Barna como um “cristão engajado” – que tem suas crenças e ações moldadas pela fé – e não apenas um “cristão nominal”.

Quando perguntados sobre as barreiras para a fé, as respostas dos não-cristãos adolescentes foram semelhantes às dos mais velhos. Uma diferença se destaca: entre os adolescentes, o sofrimento e o problema do mal foi a questão mais citada, pela dificuldade em encontrar um forte argumento para a existência tanto do mal quanto de um Deus bom e amoroso.

Na pesquisa, um terço dos pastores de jovens disse que sua maior luta é “desconstruir” na cabeça dos adolescentes o que o mundo ensina a eles. Comentando a pesquisa ao site da Christianity Today, Ben Trueblood, diretor do ministério LifeWay, focado em estudantes, disse que um dos desafios é a maior e mais frequente discussão na esfera pública de assuntos que no passado eram deixados de lado pela igreja, como as questões LGBTs.

“Agora, líderes de ministérios estudantis são forçados a ensinar o que a Bíblia diz sobre essas questões, assim como a equipar os adolescentes a responder biblicamente a elas”, disse Ben.

Em uma recente edição da revista do LifeWay, a estudante universitária Jessica Berlin, uma cristã da geração Z, comentou que seus pares costumam ver religião como opressiva e, sendo assim, pais e líderes deveriam focar em apresentar o cristianismo como um relacionamento com Cristo.

Fonte:
Ultimato Jovem via Sou da Promessa

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