A igreja brasileira é a que mais cresce no mundo, somos a primeira maior igreja do mundo com 55 milhões de evangélicos


A igreja de Filipos era multicultural e multirracial e nesta igreja existia também três classes sociais diferentes, a classe alta, média e classe baixa, o capitulo 16 de Atos relata a conversão de algumas dessas pessoas. William Barclay diz que não há nenhum outro capítulo na Bíblia que mostre tão bem o caráter universal da fé que Jesus trouxe aos homens. Os filipenses dedicaram-se como nenhuma outra igreja a assistência do seu missionário, em sua carta aos Filipenses 4.10-20, o apóstolo Paulo agradece a igreja pelas ofertas e mostra aos cristãos que Deus supriria todas as suas necessidades.

Mesmo confiando que Cristo o sustentava, Paulo escreve desejando que a igreja saiba sua apreciação pelas ofertas e os elogia por terem se associado com ele, o apóstolo considerava sua relação com a igreja em Filipos como uma via de mão dupla, ambos estavam envolvidos em partilhar as bênçãos, tanto espirituais como materiais. A linguagem usada no versículo 17 é comercial, a dádiva como diz Paulo, ou oferta é um investimento a render lucros espirituais na obra de Deus assim como o dinheiro aplicado rende juros.

A associação dos filipenses com o ministério de Paulo se estendeu na sua viagem até Tessalônica e outras localidades como Corinto onde o apóstolo teve dificuldades em ser apoiado, e teve que evitar sugestões de que ele pregava o evangelho por interesses financeiros (I Coríntios 9.4-14). Na carta aos filipenses a parceria no evangelho é clara, Paulo fala de cooperação: Pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora (1.5), participação:  Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho (1.7), e ele comunicou: E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente (4.15).

A parceria entre igreja e missionário tem que acontecer, essa associação envolve o aspecto espiritual, emocional e material, e é importante que este processo seja acompanhado por intermédio de uma agencia missionária, mas isso não isenta a responsabilidade da igreja local quanto ao contato, oração e sustento do missionário.

Note a importância do contato pessoal entre a igreja e o missionário. Paulo e Barnabé criaram laços de relacionamento com a igreja de Antioquia, laços estes que permitia a igreja saber quem era o missionário, onde estava e o que fazia. Este conhecimento da igreja para com o missionário gera maior envolvimento dos membros através de oração e contribuição. Nossas igrejas precisam ter esta associação com os missionários, conhece-los e participar de forma efetiva na missão.

A igreja que nega o envolvimento no trabalho missionário não cumpre a tarefa a qual lhe da razão de existir. "Uma igreja não existe para si mesma, mas sim para o mundo” George Carey.

Infelizmente encontramos crentes que por falta de entendimento bíblico não abraçam a missão dada por Deus para fazer missões. Fazer nos fala de envolver-se totalmente, o general norte americano Norman, que atuou na guerra do Golfo, explicou muito bem a diferença entre envolvimento e comprometimento: Ele fala dos dois elementos principais do típico café da manhã norte americano, o bacon e os ovos. Disse ele que ao dar os ovos a galinha envolveu-se, mas o porco ao dar o bacon se comprometeu, pois deu sua própria vida.

È muito comum que uma igreja ao participar de alguma atividade missionária, talvez uma programação ou dar alguma ajuda financeira esporádica sem compromisso para missões, depois se dê por satisfeita. Isso às vezes até acontece por desencargo de consciência, mas, além de evangelismo e missões não ser programa, pois deve estar no sangue da igreja como estilo de vida, os projetos missionários a serem realizados entre aqueles que tem tido menos acesso ao evangelho quando não, nenhum acesso, exige um compromisso, pois o missionário come, bebe e dorme também, e as atividades no campo exigem outros gastos que às vezes se tornam mais caros por ele ser um estrangeiro. Paulo defendendo os direitos de apóstolo disse em sua defesa “não temos nós o direito de comer e beber?” (I Coríntios 9.4).

Apóstolo em sentido restrito é aquele que viu a Cristo ressuscitado, mas em sentido mais amplo, apóstolo pode significar missionário, assim como um embaixador, apóstolo sugere a idéia daquele que é enviado com uma mensagem no lugar do seu senhor ou rei com a mesma autoridade.

Os apóstolos de hoje infelizmente não tem sido missionários, tem sido mais administradores de impérios ou sensacionalistas figurões, pregadores que gostam de “dar carteirada”, atraem multidões e criam uma dependência do povo na sua pessoa como que se para a glória de Deus manifestar dependesse dele, fora as programações que tem por objetivo atrair as pessoas para igreja e não produz salvação e sim dependência na solução do problema, Charles Spurgeon disse certa feita: A missão de entretenimento não produz convertidos.

Prover entretenimento para as pessoas não é a função da Igreja, se este é um trabalho Cristão eu me pergunto, porque Cristo não falou sobre ele?

Charles Spurgeon diz que se Cristo tivesse introduzido mais elementos agradáveis, ou seja, aquilo que as pessoas buscam, ele teria sido mais popular, e conclui: Eu não O ouvi dizer: "Corra atrás destas pessoas, Pedro, e diga-lhes que nós teremos um estilo diferente de culto amanhã, mais atraente e com pouca pregação. Nós teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que certamente se agradarão. Seja rápido Pedro, nós devemos ganhar estas pessoas de qualquer forma". Jesus se compadeceu dos pecadores, suspirou e chorou por eles, mas nunca procurou entretê-los.

A necessidade é de conhecimento bíblico que venha a produzir discípulos com verdadeira espiritualidade e desejo em cumprir a tarefa da Grande Comissão dada por Jesus.

A igreja brasileira é a que mais cresce no mundo, somos a primeira maior igreja do mundo com 55 milhões de evangélicos, mais da metade do total de evangélicos da América Latina. Estima-se que no Brasil as conversões cheguem a 6.500 por dia e quase 2 milhões por ano, mas o trabalho com os não alcançados pelo evangelho é desproporcional ao crescimento dos evangélicos, menos de 300 igrejas das mais de 200.000 no Brasil tem enviado missionários transculturais.

O número de missionários enviados aos povos não alcançados pelo evangelho não passa de 3.200 e a média de nossa oferta anual por pessoa para missões aos não alcançados não passa de R$ 1,30.

Veja como temos investido:

· 95% são investidos em atividades na igreja local.

· 4,5% em missões nos centros urbanos do Brasil.

· 0,5% aos Povos não alcançados da Janela 10-40 e indígenas.

(O investimento latino americano acontece da mesma maneira e em alguns paises latinos ele é bem menor, pois a igreja ainda esta sendo estabelecida).

Pesquisas mostram como os cristãos gastam seu dinheiro:

Gastam mais com:

· Roupas e Sapatos de Grife.

· Cosméticos e Produtos de Limpeza.

· Comida Supérflua e Animais de Estimação.

· Eventos e Programações de Avivamento.

do que com MISSÕES.

De modo geral o valor de um CD que um cristão compra é maior do que o investimento que ele faz em missões.

O valor que um cristão gasta com Coca-Cola por mês é muito maior do que seu investimento em missões.

O poder financeiro da igreja é enorme, se um terço dos membros das igrejas evangélicas protestantes ofertasse para missões o valor de um real por mês, isso renderia mais de 18 milhões de reais, suficiente para suprir muitas das carências ainda existentes no campo missionário e dobrar a força missionária. Como afirmar que amamos a obra missionária, se missões é o nosso menor investimento?

"Evangélicos brasileiros gastam mais com Coca-Cola do que investem naquilo que dizem acreditar: MISSÕES”  David Botelho.

“... estamos separados uns dos outros ao longo do muro” (Neemias 4:19).

Fonte:
Extraído: Livro Grande Comissão ou grande Omissão?, capítulo 6.


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