A ressurreição dos mortos

A ressurreição dos mortos

A ressurreição do corpo humano, a volta à vida a partir da ruína, da destruição, do esquecimento do túmulo, é um fato sobrenatural. Os mortos podem reviver? Há alguma força capaz de conquistar a morte? Há esperança de vitória sobre o túmulo? Esta tem sido a indagação, ansiosa e mesclada de lágrimas, de todas as épocas, e neste artigo podemos responder a essas indagações.

A Certeza da Ressurreição

O ensinamento do Antigo Testamento quanto à ressurreição:

Para começar, o Antigo testamento registra a ressurreição de pelo menos três pessoas:

O filho da viúva:

“E, estendendo-se três vezes sobre o menino, clamou ao SENHOR e disse: Ó SENHOR, meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele. O SENHOR atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.” (I Reis 17:21-22), o filho da sunamita: “Tendo o profeta chegado à casa, eis que o menino estava morto sobre a cama. Então, entrou, fechou a porta sobre eles ambos e orou ao SENHOR. Subiu à cama, deitou-se sobre o menino e, pondo a sua boca sobre a boca dele, os seus olhos sobre os olhos dele e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu. Então, se levantou, e andou no quarto uma vez de lá para cá, e tornou a subir, e se estendeu sobre o menino; este espirrou sete vezes e abriu os olhos. Então, chamou a Geazi e disse: Chama a sunamita. Ele a chamou, e, apresentando-se ela ao profeta, este lhe disse: Toma o teu filho.” (II Reis 4:32-36), e o homem que reviveu quando tocou os ossos de Eliseu: “Sucedeu que, enquanto alguns enterravam um homem, eis que viram um bando; então, lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, reviveu o homem e se levantou sobre os pés.” (II Reis 13:21).

Abraão esperava que Deus levantasse a Isaque dos mortos no Monte Moriá:

“Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.” (Gênesis 22:5), “a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência” (Hebreus 11:18). Jó confiadamente esperava ver a Deus em seu corpo ressurreto: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim.” (Jó 19:25-27). Davi também manifestou essa mesma certeza: “Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro. Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.” (Salmo 16:9-11).

O fato disso incluir uma profecia da ressurreição de Cristo, não afeta o argumento:

“ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela. Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado. Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança, porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença." (Atos 2:24-28).

As declarações dos profetas: Isaías, Oséias e Daniel também provam que essa doutrina era ensinada e aceita neste período bíblico: “Os vossos mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho de vida, e a terra dará à luz os seus mortos.” (Isaías 26:19), “Eu os remirei do poder do inferno [sheol – hebreu - שְׁאֹול֙ - sepultura] e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno [sheol – hebreu - שְׁאֹול֙ - sepultura], a tua destruição? Meus olhos não vêem em mim arrependimento algum.” (Oséias 13:14), “Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro. Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.” ; (...) “Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança.” (Daniel 12: 1-3, 13).

O ensinamento do Novo Testamento quanto à ressurreição:

O Novo Testamento registra a ressurreição de muitas pessoas:

A filha de Jairo:

“Retirai-vos, porque não está morta a menina, mas dorme. E riam-se dele. Mas, afastado o povo, entrou Jesus, tomou a menina pela mão, e ela se levantou.” (Mateus 9:24-25), o jovem de Naim: “Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando: levanta-te! Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe.” (Lucas 7:14-15), Lázaro: “E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir.” (João 11:43-44), Dorcas: “Mas Pedro, tendo feito sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se. Ele, dando-lhe a mão, levantou-a; e, chamando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva.” (Atos 9:40-41).

Quanto ao ensinamento de uma futura ressurreição, observamos o seguinte:

O próprio Senhor Jesus ensinou isso: “tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos.”! (Atos 24:15), “Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” (I Coríntios 15:12-19), “para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.” (Filipenses 3:11). Há, portanto, uma prova abundante de que o Novo testamento ensina a doutrina da ressurreição.

A Natureza da ressurreição:

“Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? Em que corpo vêem?” (I Corintios 15:35). Observemos primeiro que as Escrituras Sagradas falam de três tipos de ressurreição:

1) Ressurreição Judicial (direito adquirido – exemplo: Batismo), na qual o cristão foi ressuscitado com Cristo:

“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Romanos 6:4-5).

2) Ressurreição Espiritual, recebida através da aceitação do evangelho, equivalente à regeneração:

“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.” (João 5:25-26).

3) Ressurreição Física:

“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” (João 5:28-29).

Estamos interessados, agora na ressurreição física e observamos:

1. O fato da ressurreição do corpo:

“Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro.” (Salmo 16:9), “E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.” (Romanos 8:23-25). As Escrituras Sagradas indicam que o corpo será ressurreto de pelo menos quatro maneiras: a) em declarações claras a esse respeito; b) na declaração de que o corpo está incluído em nossa redenção. Quando Cristo morreu por nós, morreu pelo homem todo. Os benefícios completos de Sua expiação não são cumpridos até que o corpo tenha sido tornado imortal, o quem se dará na ressurreição; c) no tipo de corpo com que Cristo ressurgiu. Ele ressurgiu em um corpo físico: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.” (Lucas 24:39); e negar a ressurreição física é negar a ressurreição física de Cristo: “E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou.” (I Coríntios 15:13); d) na literalidade da volta e julgamentos do Senhor.

Jesus Cristo voltará para julgar, não espíritos incorpóreos, mas sim homens corpóreos. Assim, vemos que haverá uma ressurreição corporal.

2. A natureza da ressurreição do corpo:

“e, quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente. Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado. Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes. Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres. Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor. Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.” (I Coríntios 15:37-44). Podemos afirmar que, de modo geral, a ressurreição do corpo não será uma criação inteiramente nova, se assim o fose, não seria o corpo presente, e sim outro. Nem, por outro lado, será o corpo ressurreto necessariamente composto da mesma matéria contidas neste presente corpo. Tudo o que as Escrituras nos permitem dizer é que o corpo ressurreto manterá uma relação ao corpo presente, sendo, portanto, semelhante.

As Ressurreições:

1. Haverá duas ressurreições distintas:

“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” (João 5:28-29). As Escrituras não dizem que haverá uma ressurreição geral das pessoas na vinda de Jesus. mas sim que os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. “Os mortos em Cristo” abrangem os justos que morreram desde o tempo de Adão até o fim do tempo: “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.” (I Coríntios 15:22-23). Esse “todos” inclui os salvos do Antigo testamento, bem como do Novo Testamento. O apóstolo João a classificou como “a primeira ressurreição” e disse que estes serão “bem aventurados”: “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.” (Apocalipse 20:6). A segunda morte será no lago de fogo e enxofre: “Então, a morte e o inferno [hades - grego - ᾅδης] foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Apocalipse 20:14-15).

2. Haverá um intervalo de mil anos entre as ressurreições:

“Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição.” (Apocalipse 20:4-6). Embora vejamos tanto no Antigo Testamento que a ressurreição dos justos para a vida eterna e a ressurreição dos ímpios para a condenação eterna, são distintas uma da outra: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.” (Daniel 12:2), aqui pela primeira vez encontramos revelado o intervalo preciso entre as duas ressurreições: Um período de 1000 anos. A primeira ressurreição – a dos justos – dar-se-á na Segunda Vinda de Cristo. Os ímpios mortos ressuscitarão na ressurreição geral, no fim dos mil anos.

A Primeira Ressurreição:

1. Se dará na vinda de Jesus:

“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” (I Tessalonicenses 4:13-18). Paulo dia que, na vinda de Jesus, serão reunidos os justos que estiverem vivos como os justos que ressuscitarem nesta ocasião. Portanto, somente os “mortos em Cristo” serão ressuscitados nessa ocasião. A frase “mortos em Cristo” descreve a união fundamental, entre os mortos e Cristo.

2. Receberemos um corpo especial:

“Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual. Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial. Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos” (I Coríntios 15:43-51). Diversas passagens declaram ou dão a entender que o corpo ressurreto dos crentes será semelhante ao corpo glorificado de Cristo: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” (I João 3:2). O novo corpo será glorioso e poderoso, isto é, não se cansará, será um corpo espiritual, finalmente será um corpo celestial, em contraste com o presente, que é terreno.

3. Pela ressurreição receberemos a imortalidade:

“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” (I Coríntios 15:51-54). A palavra “incorruptível” quer dizer: imortal, que não se decompõe, que não se destrói. Portanto, o nosso corpo não estará mais sujeito à doença, morte e decomposição. Esta mudança dos vivos e a ressurreição dos mortos em Cristo é chamada de redenção do nosso corpo: “E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.” (Romanos 8:23).

A Segunda Ressurreição:

1. Os não salvos serão mortos pela ocasião da vinda de Jesus:

“Eis que o SENHOR vai devastar e desolar a terra, vai transtornar a sua superfície e lhe dispersar os moradores.” (Isaías 24:1); “Os que o SENHOR entregar à morte naquele dia se estenderão de uma a outra extremidade da terra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; serão como esterco sobre a face da terra.” (Jeremias 25:33); “Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” (Apocalipse 6:12-17). De acordo com o profeta Isaías e Jeremias, os incrédulos serão destruídos por ocasião da vinda de Jesus. O apóstolo João também descreveu esta cena de guerra mostrando a morte dos inimigos de Deus.

2. Ocorrerá após o Milênio:

“Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.” (Apocalipse 20:1-6). A segunda ressurreição terá lugar mil anos depois da primeira. João declara o seguinte sobre os ímpios: “Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos”. Em contraste com os corpos ressuscitados na vinda do Senhor, os ímpios sairão da sepultura, terra ou mar, com os corpos mortais, fracos e doentes. Os indícios da maldição são visíveis em todos.

3. Os ímpios mortos serão ressuscitados para o julgamento de Deus:

“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.” “(...) Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." (Apocalipse 20:6, 11-15). João nos ensina claramente que os não salvos serão ressuscitados, julgados e lançados no lago de fogo. Assim fica claro que os não salvos também serão ressuscitados corporalmente e eles sofrerão o castigo eterno de Deus.

Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.

Apocalipse 20:6


Fonte:
Departamento de Educação Cristã
Paulo Cesar Amaral

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