As Alianças entre Deus e os Homens
Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. (Jeremias 31:31)
Como Deus se relaciona com o homem? Desde a criação do mundo, o relacionamento entre Deus e o homem tem sido definido por promessas e requisitos específicos. Deus revela às pessoas como ele deseja que ajam e também faz promessas de como agirá com eles em várias circunstâncias. A Bíblia contém vários tratados a respeito das provisões que definem as diferentes formas de relacionamento entre Deus e o homem que ocorrem nas Escrituras, e freqüentemente chama esses tratados de “alianças”. Podemos apresentar a seguinte definição das alianças entre Deus e o homem nas Escrituras: “Uma aliança é um acordo imutável e divinamente imposto entre Deus e o homem, que estipula as condições do relacionamento entre as partes”.
Apesar de esta definição incluir a palavra acordo para indicar que há duas partes, Deus e o homem, que precisam ingressar nas provisões do relacionamento, a frase “divinamente imposto” também é incluída para mostrar que o homem jamais pode negociar com Deus ou alterar os termos desse acordo: ele apenas pode aceitar as obrigações da aliança ou rejeitá-las.
O elemento essencial das alianças é a promessa divina: ...serei o seu Deus e eles serão o meu povo (Jr 31:33; II Co 6:16).
A ALIANÇA DAS OBRAS
Alguns têm questionado se é apropriado falar de uma aliança de obras entre Deus e Adão e Eva no jardim do Éden. A própria palavra aliança não é utilizada no relato de Gênesis. Todavia, as partes essenciais da aliança estão todas lá — uma definição clara das partes envolvidas, um conjunto de provisões que compromete legalmente e estabelece as condições do relacionamento, a promessa de bênçãos pela obediência e a condição para obter aquelas bênçãos (Gn 1:28-30, 2:15-17; 3:22).
Correlação: Os 6:7; Rm 5:12-21; Rm 10:5; Gl 3:12.
Esta aliança está em vigor? Por um lado, sim. A obediência perfeita, se alguém conseguir, continua conduzindo à vida (Rm 7:10, 10:5; Gl 3:12), a punição dessa aliança está em pleno vigor (Rm 6:23), e Cristo obedeceu essa aliança por nós (I Pe 2:22; Rm 5:18-19).
Por outro lado, não.
A ALIANÇA DA REDENÇÃO
Teólogos falam de outro tipo de aliança, uma aliança que não é entre Deus e o homem, mas entre os membros da Trindade. A essa aliança chamam “a aliança da redenção”. É um acordo entre Pai, Filho e Espírito Santo, no qual o Filho concordou em tornar-se homem, ser nosso representante, obedecer às exigências da aliança das obras em nosso favor e pagar o preço do pecado, que merecemos. As Escrituras ensinam de fato sua existência? Sim, pois falam de um plano específico e do propósito de Deus como um acordo entre Pai, Filho e Espírito Santo para obter nossa redenção.
Correlação:
1. Elementos essenciais.
Quando o homem falhou e não conseguiu obter as bênçãos oferecidas pela aliança das obras, foi necessário que Deus criasse um novo caminho, caminho este pelo qual o homem pudesse ser salvo. O restante das Escrituras após o relato da queda em Gênesis 3 narra como Deus operou na história um surpreendente plano de redenção por meio do qual pessoas pecaminosas poderiam chegar a ter um relacionamento consigo.
a) As partes: Deus e o povo que ele redimirá, tendo Cristo como mediador (Hb 8:6, 9:15, 12:24).
b) A condição: Fé na obra de Cristo (Rm 1:17, 4:1-15, 5:1;) e a permanência nessa aliança através dos mandamentos de Deus, única maneira de provar que a fé na obra de Cristo é genuína (Tg 2:17; I Jo 2:4-6).
c) O resultado: Vida eterna com Deus (Gn 17:7; Jr 31:33, 32:38-40; Ez 34:30-31, 36:28, 37:26-27; II Co 6:16-18; I Pe 2:9-10; Hb 8:10; Ap 21:3).
2. Várias formas de aliança.
Apesar de os elementos essenciais da aliança da graça permanecerem os mesmos por toda a história do povo de Deus, os termos específicos da aliança variam conforme a ocasião. Na época de Adão e Eva havia apenas uma singela sugestão da possibilidade de um relacionamento com Deus na promessa da semente da mulher em Gênesis 3.15 e na provisão graciosa, da parte de Deus, de vestir Adão e Eva (Gn 3.21).
Na aliança com Noé, Deus prometeu não mais destruir a terra com água (Gn 9:8-17).
Na aliança com Abraão estão presentes todos os elementos da aliança da graça (Gn 15:1-21, 17:1-27; Gl 3:8; Lc 1:72-73; Rm 4:1-25; Gl 3:6-18,29; Hb 2:16, 6:13-20).
Na aliança com Moisés (chamada de “velha aliança”, II Co 3:14; Hb 8:6,13) estão os elementos que serão substituídos (leis cerimoniais) pelos elementos da “nova aliança” em Cristo (Lc 22:20; I Co 11:25; II Co 3:6; Hb 8:8,13, 9:15, 12:24).
A razão da velha aliança foi restringir os pecados do povo e conduzi-lo a Cristo (Gl 3:19,24). Essa aliança não removia o pecado, mas prefigurava quem realmente removeria, Cristo (Hb 9:11-28). Na verdade, não falta graça nessa aliança (Gl 3:16-18).
Na nova aliança em Cristo cumprem-se as promessas feitas em Jr 31:31-34, citadas em Hebreus 8:6-13. Nesta aliança há bênçãos muito maiores porque Jesus, o Messias, já veio; ele viveu, morreu e ressuscitou entre nós, expiando para sempre os nossos pecados (Hb 9:24-28); ele nos revelou Deus da forma mais plena (Jo 1:14; Hb 1:1-3); ele derramou o Espírito Santo sobre todo o seu povo com o poder da nova aliança (At 1:8; I Co 12:13; II Co 3:14-18); ele escreveu suas leis em nosso coração (Hb 8:10).
Esta nova aliança é a “aliança eterna” (Hb 13:20) em Cristo, através da qual teremos sempre comunhão com Deus, e ele será nosso Deus, e nós seremos seu povo.
Apesar de esta definição incluir a palavra acordo para indicar que há duas partes, Deus e o homem, que precisam ingressar nas provisões do relacionamento, a frase “divinamente imposto” também é incluída para mostrar que o homem jamais pode negociar com Deus ou alterar os termos desse acordo: ele apenas pode aceitar as obrigações da aliança ou rejeitá-las.
O elemento essencial das alianças é a promessa divina: ...serei o seu Deus e eles serão o meu povo (Jr 31:33; II Co 6:16).
A ALIANÇA DAS OBRAS
Alguns têm questionado se é apropriado falar de uma aliança de obras entre Deus e Adão e Eva no jardim do Éden. A própria palavra aliança não é utilizada no relato de Gênesis. Todavia, as partes essenciais da aliança estão todas lá — uma definição clara das partes envolvidas, um conjunto de provisões que compromete legalmente e estabelece as condições do relacionamento, a promessa de bênçãos pela obediência e a condição para obter aquelas bênçãos (Gn 1:28-30, 2:15-17; 3:22).
Correlação: Os 6:7; Rm 5:12-21; Rm 10:5; Gl 3:12.
Esta aliança está em vigor? Por um lado, sim. A obediência perfeita, se alguém conseguir, continua conduzindo à vida (Rm 7:10, 10:5; Gl 3:12), a punição dessa aliança está em pleno vigor (Rm 6:23), e Cristo obedeceu essa aliança por nós (I Pe 2:22; Rm 5:18-19).
Por outro lado, não.
1) A ordem para não comermos da árvore do bem e do mal não vale para nós uma vez que já fomos atingidos pelo pecado;Todos os que tentam obter o favor de Deus (justificação) através da obediência, estarão se afastando da salvação porque "Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las". (Gl 3:10-11)
2) por termos essa natureza pecaminosa, não temos condições de cumprir todos os requisitos dessa aliança e receber todos os benefícios que ele propõe,
3) Cristo preencheu os requisitos dessa aliança de uma vez por todas e obtivemos os seus benefícios não pela nossa obediência, mas por confiarmos nos méritos da obra de Cristo.
A ALIANÇA DA REDENÇÃO
Teólogos falam de outro tipo de aliança, uma aliança que não é entre Deus e o homem, mas entre os membros da Trindade. A essa aliança chamam “a aliança da redenção”. É um acordo entre Pai, Filho e Espírito Santo, no qual o Filho concordou em tornar-se homem, ser nosso representante, obedecer às exigências da aliança das obras em nosso favor e pagar o preço do pecado, que merecemos. As Escrituras ensinam de fato sua existência? Sim, pois falam de um plano específico e do propósito de Deus como um acordo entre Pai, Filho e Espírito Santo para obter nossa redenção.
Correlação:
(do Pai para o Filho) Jo 17:2,6; Jo 3:16; Rm 5:18-19; Cl 2:9; Hb 10:5, 9:24; Mt 28:18; At 1:4, 2:33;A ALIANÇA DA GRAÇA
(do Filho para o Pai) Gl 4:4Hb 2:14-18, 10:7-9; Fp 2:8; Jo 17:2;
(do Espírito Santo para o Pai e Filho) Mt 3:16; Lc 4:1,14,18; Jo 3:34, 14:16-17,26; At 1:8, 2:17-18,33.
1. Elementos essenciais.
Quando o homem falhou e não conseguiu obter as bênçãos oferecidas pela aliança das obras, foi necessário que Deus criasse um novo caminho, caminho este pelo qual o homem pudesse ser salvo. O restante das Escrituras após o relato da queda em Gênesis 3 narra como Deus operou na história um surpreendente plano de redenção por meio do qual pessoas pecaminosas poderiam chegar a ter um relacionamento consigo.
a) As partes: Deus e o povo que ele redimirá, tendo Cristo como mediador (Hb 8:6, 9:15, 12:24).
b) A condição: Fé na obra de Cristo (Rm 1:17, 4:1-15, 5:1;) e a permanência nessa aliança através dos mandamentos de Deus, única maneira de provar que a fé na obra de Cristo é genuína (Tg 2:17; I Jo 2:4-6).
c) O resultado: Vida eterna com Deus (Gn 17:7; Jr 31:33, 32:38-40; Ez 34:30-31, 36:28, 37:26-27; II Co 6:16-18; I Pe 2:9-10; Hb 8:10; Ap 21:3).
2. Várias formas de aliança.
Apesar de os elementos essenciais da aliança da graça permanecerem os mesmos por toda a história do povo de Deus, os termos específicos da aliança variam conforme a ocasião. Na época de Adão e Eva havia apenas uma singela sugestão da possibilidade de um relacionamento com Deus na promessa da semente da mulher em Gênesis 3.15 e na provisão graciosa, da parte de Deus, de vestir Adão e Eva (Gn 3.21).
Na aliança com Noé, Deus prometeu não mais destruir a terra com água (Gn 9:8-17).
Na aliança com Abraão estão presentes todos os elementos da aliança da graça (Gn 15:1-21, 17:1-27; Gl 3:8; Lc 1:72-73; Rm 4:1-25; Gl 3:6-18,29; Hb 2:16, 6:13-20).
Na aliança com Moisés (chamada de “velha aliança”, II Co 3:14; Hb 8:6,13) estão os elementos que serão substituídos (leis cerimoniais) pelos elementos da “nova aliança” em Cristo (Lc 22:20; I Co 11:25; II Co 3:6; Hb 8:8,13, 9:15, 12:24).
A razão da velha aliança foi restringir os pecados do povo e conduzi-lo a Cristo (Gl 3:19,24). Essa aliança não removia o pecado, mas prefigurava quem realmente removeria, Cristo (Hb 9:11-28). Na verdade, não falta graça nessa aliança (Gl 3:16-18).
Na nova aliança em Cristo cumprem-se as promessas feitas em Jr 31:31-34, citadas em Hebreus 8:6-13. Nesta aliança há bênçãos muito maiores porque Jesus, o Messias, já veio; ele viveu, morreu e ressuscitou entre nós, expiando para sempre os nossos pecados (Hb 9:24-28); ele nos revelou Deus da forma mais plena (Jo 1:14; Hb 1:1-3); ele derramou o Espírito Santo sobre todo o seu povo com o poder da nova aliança (At 1:8; I Co 12:13; II Co 3:14-18); ele escreveu suas leis em nosso coração (Hb 8:10).
Esta nova aliança é a “aliança eterna” (Hb 13:20) em Cristo, através da qual teremos sempre comunhão com Deus, e ele será nosso Deus, e nós seremos seu povo.
Fonte: Teologia Sistemática - Wayne Grudem
Nos dias atuais, onde os telepastores pregam todo tipo de inverdades, e um "evangelho novo", de agrado ao ego, e aos desejos da platéia.
ResponderExcluirOs púlpitos carecem de teologia sistemática, de anuncio do evangelho puro e simples da Graça de Deus. De anunciar salvação, e exposição do pecado do homem.
Parabéns pela mensagem.
Renato Jr.
http://blogrenatojr.blogspot.com/
Olá, PC.
ResponderExcluirGostei de ver que o amigo me deu um "cantinho" em seu blog. Já retribui o gesto. Grato.
Um abraço.
Fala Pc!
ResponderExcluirQue texto maravilhoso. Posso copiar?
Obrigado pela força lá no blog.
Que post foi aquele, hein? Muito legal.
Estamos juntos!
PAZ.