Niterói decreta estado de calamidade pública
A cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, atingiu 104 mortos em decorrência das chuvas que atingiram a região no início da semana. No total, são 179 mortos no Estado, conforme informou o Corpo de Bombeiros. As equipes de buscas ainda continuam os trabalhos nas áreas mais atingidas.

Nesta quinta-feira o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que vai priorizar Niterói na distribuição de verbas liberadas pelo governo federal. O Estado receberá R$ 200 milhões.
- O presidente me ligou ontem [quarta-feira] e nesta quinta. Rapidamente liberou R$ 200 milhões para ajudar o Estado, sendo R$ 90 milhões para a capital e outros R$ 110 para outros municípios. Vou priorizar Niterói e São Gonçalo, que foram os municípios mais atingidos.

Juliana Rezende
O Morro do Bumba, no Cubango, na Zona Norte da cidade, foi um dos locais mais atingidos. Os bombeiros já retiraram 13 corpos dos escombros e o subsecretário de Defesa Civil de Niterói, coronel Pedro Machado, calcula que ainda há cerca de 200 pessoas soterradas. Ao todo, foram registrados óbitos em 13 localidades do município. A Defesa Civil interditou 60 casas. No Rio, o IML (Instituto Médico Legal) triplicou o número de funcionários para atender a demanda de corpos que chega na unidade.
O pânico coletivo desta quinta-feira (8) teria sido provocado pelo alerta de um suposto arrastão que começou com um protesto de moradores de uma comunidade que reclamava da falta de atenção das autoridades. O medo chegou até as áreas nobres da cidade. Shoppings, restaurantes e centros comerciais de Icaraí, na Zona Sul, fecharam as portas nesta quinta-feira (8) alarmados com a possibilidade de saques e roubos. Vários moradores não saíram de suas casas e quem estava na rua procurou refúgio nas portarias de prédios. Desde o final de 2009, a segurança pública de Niterói sofre com a saída de 350 policiais militares do 12ºBPM (Niterói), que foram transferidos para outras cidades.
Região Oceânica ilhada
Alguns moradores da Região Oceânica da cidade estão ilhados. De acordo com a prefeitura de Niterói, muitos ônibus não estão circulando entre a região e o Centro da cidade. O motorista que vem da Região Oceânica em direção à Alameda São Boaventura e o Centro de Niterói tem poucas opções de acesso. Confira os acessos alternativos da Região Oceânica ao Centro
Faltam hospitais e IML
Em meio à situação de calamidade, Niterói não tem uma base do Instituto Médico Legal (IML). Os mortos dos deslizamentos são encaminhados para os IMLs de municípios vizinhos, como São Gonçalo e Rio de Janeiro. O sistema de saúde de Niterói também enfrenta dificuldades. Apenas dois hospitais estão com a emergência funcionando, são eles o Hospital Azevedo Lima, no Fonseca, e a unidade de saúde Mário Monteiro, na Região Oceânica. Com a dificuldade de acesso à Região Oceânica, os atendimentos às vítimas dos deslizamentos são priorizados no Azevedo Lima. Na noite de quarta-feira (7), a emergência do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP) reabriu as portas para receber algumas vítimas da chuva.
Saiba como ajudar:
Vista geral do morro do Bumba, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro após um deslizamento ocorrido na noite de quarta-feira (7) e deixou centenas de casas soterradas
Foto: Marcos de Paula/AE
Nesta quinta-feira o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que vai priorizar Niterói na distribuição de verbas liberadas pelo governo federal. O Estado receberá R$ 200 milhões.
- O presidente me ligou ontem [quarta-feira] e nesta quinta. Rapidamente liberou R$ 200 milhões para ajudar o Estado, sendo R$ 90 milhões para a capital e outros R$ 110 para outros municípios. Vou priorizar Niterói e São Gonçalo, que foram os municípios mais atingidos.
Juliana Rezende
O Morro do Bumba, no Cubango, na Zona Norte da cidade, foi um dos locais mais atingidos. Os bombeiros já retiraram 13 corpos dos escombros e o subsecretário de Defesa Civil de Niterói, coronel Pedro Machado, calcula que ainda há cerca de 200 pessoas soterradas. Ao todo, foram registrados óbitos em 13 localidades do município. A Defesa Civil interditou 60 casas. No Rio, o IML (Instituto Médico Legal) triplicou o número de funcionários para atender a demanda de corpos que chega na unidade.
Orgulhosa da sua qualidade de vida – segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da Nações Unidas, o terceiro do país e o primeiro do estado do Rio –, a cidade se dá conta, de forma dolorosa, de que seus morros foram ocupados de forma desordenada, o sistema viário pifou com o fechamento de algumas ruas, e a falta de segurança pública deixou a cidade em caos.Suposta tentativa de arrastão
O pânico coletivo desta quinta-feira (8) teria sido provocado pelo alerta de um suposto arrastão que começou com um protesto de moradores de uma comunidade que reclamava da falta de atenção das autoridades. O medo chegou até as áreas nobres da cidade. Shoppings, restaurantes e centros comerciais de Icaraí, na Zona Sul, fecharam as portas nesta quinta-feira (8) alarmados com a possibilidade de saques e roubos. Vários moradores não saíram de suas casas e quem estava na rua procurou refúgio nas portarias de prédios. Desde o final de 2009, a segurança pública de Niterói sofre com a saída de 350 policiais militares do 12ºBPM (Niterói), que foram transferidos para outras cidades.
Região Oceânica ilhada
Alguns moradores da Região Oceânica da cidade estão ilhados. De acordo com a prefeitura de Niterói, muitos ônibus não estão circulando entre a região e o Centro da cidade. O motorista que vem da Região Oceânica em direção à Alameda São Boaventura e o Centro de Niterói tem poucas opções de acesso. Confira os acessos alternativos da Região Oceânica ao Centro
Faltam hospitais e IML
Em meio à situação de calamidade, Niterói não tem uma base do Instituto Médico Legal (IML). Os mortos dos deslizamentos são encaminhados para os IMLs de municípios vizinhos, como São Gonçalo e Rio de Janeiro. O sistema de saúde de Niterói também enfrenta dificuldades. Apenas dois hospitais estão com a emergência funcionando, são eles o Hospital Azevedo Lima, no Fonseca, e a unidade de saúde Mário Monteiro, na Região Oceânica. Com a dificuldade de acesso à Região Oceânica, os atendimentos às vítimas dos deslizamentos são priorizados no Azevedo Lima. Na noite de quarta-feira (7), a emergência do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP) reabriu as portas para receber algumas vítimas da chuva.
Saiba como ajudar:
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Fontes: G1.com - R7.com - divulgação PC@maral
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