Mordomia Cristã


O termo “Mordomia” abrange várias fases da responsabilidade cristã tais como o dar o tempo e talentos tão bem quanto bênçãos materiais. Este artigo, no entanto será limitado ao que Deus ensina sobre a adoração do homem através da oferta. A Palavra de Deus tem muito a dizer a respeito disto. Nós vamos analisar os princípios básicos sobre os quais a oferta cristã repousa.

I - Todas as coisas pertencem a Deus

O Senhor nos deu tudo que o amor podia prover. Sua dádiva mais generosa é o livre-arbítrio ou faculdade de escolha. Nós mesmos decidimos o que faremos com as dádivas concedidas pelo amor divino. E para tomar a decisão correta, precisamos reconhecer que tudo o que temos e somos provém de Deus. Aqui estão um pouco das coisas que a Bíblia diz pertencer a Deus.

1 - Prata e ouro (Ag. 2:8): “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos”.

2 - Os rios (Ez. 29:9): “Porque ele disse: O rio é meu, e Eu o fiz”.

3 - Toda a terra e pessoas (Sl. 24:1,2): A Deus pertence o título de toda a terra. Ele alegremente concede ao homem o privilégio de continuar morando nela por um curto tempo. Deus relembra Israel, em Êxodo 19:5: “Porque toda a terra é minha”.

4 - Nossos corpos (I Co. 6:19,20): “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus e que não sois de vós mesmos...”

II - Todo cristão é um mordomo

O Cristão dedicado aceita o fato de que Deus é o proprietário de tudo e de que Seus filhos são os administradores dessas dádivas (Mt. 6:25-34). Um mordomo é uma pessoa que supervisiona e administra em favor de seu proprietário. Paulo diz que a principal qualificação para um mordomo é a fidelidade. “Além disso requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel” (I Co. 4:2).

III - Mordomia é entrega total

No sentido mais amplo, a mordomia pode ser definida como a completa e irrestrita entrega de nós mesmos a Jesus Cristo (Lc. 12:15). nossa responsabilidade para com Deus e para com os seres humanos não depende da quantidade ou da qualidade de nossas posses materiais. Nossa mordomia se baseia em dois fatos salientados nos textos que seguem:

1 - A entrega de Jesus por nós (II Co. 8:9):

A base de toda mordomia é a vida e morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Mordomia é abnegação e altruísmo. É entregar-se completamente a Deus e prestar serviços aos semelhantes. Quando vemos a vida simples que Jesus levou e a morte horrível que Ele suportou, como podemos reter aquilo que o Salvador pede de nós? Cristo não deu somente o que tinha; deu-se a Si mesmo. Isto é mordomia da espécie mais elevada.

2 - A nossa entrega pessoal a Jesus (Rm. 12:1,2):

A mordomia de entrega total da vida consiste em muito mais do que doações financeiras. Com efeito, as dádivas materiais só constituem uma pequena parte daquilo que aqueles que resolvem seguir a Deus têm o prazer de dedicar-lhe. Mas o que fazemos com os meios que Ele nos concedeu torna-se uma boa indicação de que nos entregamos, ou não, completamente a Ele.

IV - O dízimo como forma de mordomia

1 - Sua prática voluntária (Gn. 14:18-20; 28:20-22):

Antes que Deus revelasse uma lei escrita a Moisés, para governar os descendentes de Israel, encontramos duas ocasiões quando homens deram ou prometeram dízimos a Deus. Depois do resgate de pessoas e de bens que tinham sido tomados de Sodoma numa guerra, Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, o sacerdote de Deus. Mais tarde, Jacó (o neto de Abraão) prometeu devolver a Deus o Dízimo de sua prosperidade. Estes dízimos parecem ter sido voluntários, o que deixa ainda mais claro quais são os atos de um coração agradecido a Deus.

2 - Sua prática ordenada por Deus (Lv. 27:30-33):

É indiscutivelmente claro que Deus ordenou o dízimo na Lei que Ele deu através de Moisés. Muitas passagens mostram essa exigência. O dízimo era uma característica da relação especial entre Deus e o povo escolhido de Israel. A manutenção dessa lei era necessária para mostrar que eles eram um povo separado, escolhido.

3 - Sua prática confirmada por Jesus (Mt. 23:23; Lc. 10:7):

Durante sua vida, Jesus reconheceu a autoridade da lei de Moisés. Jesus criticou os que negligenciavam outros mandamentos divinos, enquanto zelosamente aplicavam a lei do dízimo, dizendo: “deveis, porém, fazer estas coisas [dizimar], e não omitir aquelas [praticar o juízo, a misericórdia e a fé]”. Quando Jesus disse que o obreiro é digno do seu salário, Ele estava confirmando que aquele que serve à Causa, deve ter o seu sustento mantido pela Igreja.

4 - Sua prática validada no ministério Apostólico (I Co. 9:7-14; II Co. 11:8): 

Como já foi dito, o dízimo foi destinado à manutenção do ministério daqueles que servem na Casa de Deus. Desde que a missão principal da igreja é espiritual, não é surpresa que as igrejas do Novo Testamento usassem o dízimo e as ofertas para espalhar o evangelho. Exemplos deste emprego dos fundos arrecadados incluem o sustento financeiro de homens que pregavam o evangelho, e aos que serviam como presbíteros em tempo integral na igrejas locais (I Tm. 5:17-18).

V - As ofertas voluntárias como forma de mordomia

1 - Sua prática ordenada por Deus (Dt. 16:16,17; Pv. 3:9, 10):

Nossa oferta deve ser constante para Deus, isto porque as bênçãos sobre nossa vida não cessam. Devemos ser coerentes para com Deus. Segundo Salomão, o fiel mordomo que oferta ao Senhor prosperará em tudo o que fizer.


2 - Sua prática confirmada pelos Apóstolos (Atos 4:34,35; II Co. 9:6-8):

O Novo Testamento estimula o cristão a dar liberalmente; generosamente e alegremente. As palavras “com alegria” constituem a tradução do vocábulo grego “hilaros”, do qual proveio o adjetivo hílare (alegre, contente) em português. Deve haver alegria entusiástica e contagiante ao darmos para Deus não somente os nossos recursos, mas também todo o nosso ser.

VI - As bençãos de Deus para os mordomos fieis

De acordo com o profeta Malaquias, há quatro bênçãos prometidas ao dizimista (Ml. 3:7-12)

1 - Deus promete voltar-se para nós com sua graça:

Quando damos um passo com fé para o Senhor, estamos dando permissão para que a Sua eterna graça nos alcance e isto em todos os aspectos. Se semearmos bênçãos materiais com certeza colheremos.

2 - Deus promete abençoar-nos de forma abundante:

Quando somos fiéis a Deus nos dízimos e ofertas temos a autorização para pedirmos suas bênçãos. A promessa de Deus é que essas bênçãos serão derramadas de forma abundante sobre nós. Aqui há uma idéia de fartura. Por isso, bem parafraseou a Bíblia Viva: “Abrirei as janelas do céu e derramarei uma bênção tão grande que não terão lugar para guardá-la”.

3 - Deus promete abençoar nossos investimentos financeiros:

O maior investimento financeiro naquela época era o plantio de uvas, oliveiras e outros cereais. Assim os piores inimigos seriam a seca e os gafanhotos (Jl. 1:4). Quando houvesse arrependimento e adoração com dízimos e ofertas, a bênção voltaria, pois os inimigos da colheita seriam afastados.

4 - Deus promete abençoar nossa reputação social:

O que Deus quer é que sejamos “bem-aventurados”, ou seja, felizes, abençoados. Isso só ocorre mediante nossa fidelidade a Deus. Isto deve nos instigar.

Em nossas vidas é possível as pessoas verem o cuidado de Deus por nós?


Fonte:
Departamento de Educação Cristã
Pb Paulo Cesar Amaral

Um comentário:

  1. Mta paz irmão.
    Tamanha satisfção poder ler um texto tão bom, com informações a respeito das escrituras, além de grandes ensinamento. gostei muito do Blog.
    tb ja coloquei seu banner em meu blog e estou seguindo, se puder retribuir a benção, ficarei muito feliz. um abraço

    Diego Batista
    http://conversandocomiave.blogspot.com/

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