Jesus Vida e Obra


Não resta dúvida de que o apóstolo Paulo apresenta Jesus como soberano absoluto, dominante sobre tudo, sobre todos, em todos os tempos. Seu domínio, com bem escreveu John Stott, pode ser resumido em três esferas:

1- Jesus é o centro da história: A grande maioria da humanidade continua dividindo a história em AC e DC, numa deferência ao seu nascimento, em Belém da Judéia. No ano 2000, a população do mundo chegou a seis bilhões de pessoas, e, desse numero, um bilhão e setecentos milhões, ou vinte e oito por cento, declararam-se cristãos. Desta forma, quase um terço da humanidade confessa seguir Jesus.

2- Jesus é o eixo das Escrituras Sagradas: A Bíblia Sagrada não é o livros da história religiosa da civilização humana, mas a revelação escrita, cujo tema central é o Filho de Deus. Segundo o próprio Jesus, são elas mesmas [as Escrituras] que d]ao testemunho a meu favor (Jo5:39 NTLH). Ele repreendeu dois de seus discípulos, dizendo-lhes: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. (Lc 24:25-27). Então, concluiu: importava se cunprise tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos (Lc 24:44).

3- Jesus é o coração da missão: O que move cristãos a cruzarem terras e mares como missionários? “O que os impele? Não saem para propagar uma civilização, instituição ou ideologia, mas uma pessoa, Jesus Cristo, que crêem ser sem igual”. Homens e mulheres pregam a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; homens e mulheres pregam a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus (I Co 1:23-24). Por ser Jesus o coração da missão cristã, eles declaram: não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos (II Co 4:5), e o fazem na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angustias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas; por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; como se estivessem morrendo e, contudo, eis que vivem; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo. Mas possuindo tudo (II Co 6:4-10).

Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. (Colossenses 1:13-20).

Jesus Cristo é o tema central, crucial, importante, relevante, imprescindível, necessário. Assim entendemos iluminados pelo Espírito Santo, que Jesus, o Deus Filho, sempre existiu, ou seja, é preexistente. Entendemos que ele se fez gente, se encarnou; que ele foi humano de verdade, cem por cento homem. Entendemos que ele é Deus verdadeiro, cem por cento divino. Entendemos também, que, sendo Deus, Jesus se fez gente, e, ainda que, mesmo tendo se tornado carne e se esvaziado da condição de Deus, não deixou de ser Deus. Entendemos que Jesus jamais pecou, e que sua expiação na cruz, é a maior demonstração de amor da história da humanidade. Depois de sofrer e morrer, Jesus está vivo; e foi elevado ao céu e lá foi exaltado acima de tudo e de todos os seres criados; e enviou outro Consolador com a missão de tornar sua pessoa e sua obra evidentes a todos os pecadores e, exerceu, exerce e exercerá, com perfeição, seu tríplice oficio: Profeta, Sacerdote e Rei. Por fim, compreendemos que Jesus Cristo virá de novo, para julgar os ímpios e conduzir os salvos a seu reino celestial.

A Bíblia Sagrada está repleta de ensinamentos divinos, de alimento espiritual indispensável para o fortalecimento e o amadurecimento da fé dos salvos, de forma que nada desse conteúdo se pode tirar nem acrescentar (Ap 22:18-19). Tudo se deve obedecer, praticar, cumprir (Mt 5:17-20). Contudo, o ensino sobre a pessoa e a obra de Cristo, a tudo excede. De todas as preciosidades que almejamos encontrar nas Escrituras Sagradas, Jesus é a mais especial, a mais preciosa, a mais desejável; ele é comparado a um tesouro oculto, que, sendo achado, torna-se a coisa mais importante da vida; ele é, também, semelhante àquela pessoa que procura boas pérolas, e tendo achado uma de grande valor, vende tudo o que possui e a compra (Mt 13:44-46).

Assim é a vida espiritual: nela há muitas pérolas, mas é preciso encontrar a de maior valor. O apostolo Paulo, por exemplo, sempre foi um fiel cumpridor de todos os mandamentos de Deus, ou seja, tinha muitas pérolas de valor: Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. (Fl 3:4-6). Mas, um dia, ao meio dia, ele encontrou A Pérola (At 9); tomou-a para si, priorizou-a, valorizou-a mais do que tudo o que já possuía. Não deixou de obedecer aos demais ensinos de Deus, isto é, não abandonou as demais preciosidades (Rm 3:31, 7:12, 15:18; I Co 11:2; II Co 2:9, 10:5), contudo, de tal forma Jesus se tornou importante em sua vida que declarou: o que para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo (Fl 3:7).

Sim, o apostolo considerava tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, seu Senhor, por amor de quem ele perdeu todas as coisas e considerou como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé (cf Fl 3:8-10). Para que tudo isso? Para o conhecer [a Cristo], e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos (Fl 3:10-11).

Ao longo desta semana falarei somente de Jesus Cristo, de Sua Vida e de Sua Obra em uma série de artigos. Que o Espírito Santo ilumine e aprofunde você, querido leitor, no conhecimento de Jesus e de Sua obra. Envolva-se com Cristo como nunca fez antes; e, se Ele falar diretamente contigo, abra o coração; se sentir que Ele está bem perto desfrute de Sua indispensável presença. Se encontrar a Pérola, agarre-a, tranque-a em seu coração!


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Jesus Vida e Obra
Jesus Cristo Sempre Existiu
Jesus Cristo Homem - Deus se fez gente

Fonte:
DEC
Pb Paulo Cesar Amaral



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