Só a Deus glória
Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade. (Salmos 29:2)
Por Ricardo Barbosa de Sousa

• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.
Fonte: Ultimato compartilhado no PCamaral
Por Ricardo Barbosa de Sousa

Durante os domingos do mês de outubro de 2011 meditamos sobre os cinco “solas” da Reforma (“Sola Scriptura”, “Solus Christus”, “Sola gratia”, “Sola fide” e “Soli Deo gloria”). Estas cinco declarações representam uma síntese do pensamento dos reformadores do século 16.
As quatro primeiras têm uma definição objetiva. Já a quinta -- Só a Deus glória -- permanece para muitos cristãos como uma afirmação subjetiva. Os dicionários definem a palavra glória como: beleza, esplendor, honra, exaltação, grandeza, fama. O pôr do sol em Brasília, nos meses de setembro e outubro, é de uma beleza indescritível. Podemos chamar isto de glória. Receber nove medalhas olímpicas, das quais cinco são de ouro, e a nota máxima na ginástica olímpica, um feito inédito, deu à romena Nadia Comaneci em 1976 a glória de sair na capa da revista Times com os seguintes dizeres: “Ela é perfeita”. Porém, quando nos referimos à glória de Deus, o que ela significa?
Para muitos cristãos, significa que qualquer mérito a eles atribuído deve ser redirecionado a Deus. Foi para a glória de Deus -- dizem. Embora seja um gesto correto, permanece como uma compreensão bastante limitada do que significa a glória de Deus. Podemos dizer que ela significa a majestade, grandeza e beleza de Deus. É verdade, mas de que forma um conceito tão eloquente e majestoso pode ser compreendido de forma mais objetiva por nós?
A glória de Deus não é um conceito abstrato, tampouco podemos limitá-la a algo que ofertamos a ele. Deus revela sua glória na beleza, harmonia e exuberância da sua perfeita e boa criação: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de sua mão” (Sl 19.1). Na criação perfeita de Deus encontramos todos os seus atributos, como poder, justiça, misericórdia, bondade, sabedoria. O salmista, em outro salmo, afirma: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” (Sl 8.3-5). Homem e mulher criados à imagem e semelhança de Deus são a coroa da criação e expressam a glória dele.
Sabemos que toda a natureza realiza aquilo para o qual foi criada. As aves do céu, os animais do campo, as estrelas no firmamento cumprem o propósito da criação e declaram a glória de Deus. Porém, o ser humano não vive por instintos como o restante da criação. A ele foi dada a vontade e a razão. Contudo, preferiu virar as costas ao Criador, ao desobedecer a seus mandamentos. A palavra “icabode” aparece na Bíblia como um nome próprio e significa que a glória se foi. Descreve não apenas uma pessoa, mas um período sem brilho e sem beleza para o povo de Deus. A glória de Deus se desvanece quando seu povo já não anda segundo seus propósitos.
O princípio que determina toda a ação de Deus é que ele nos criou para sua glória (Is 43.7). É por meio do seu povo que a terra se encherá do conhecimento e da glória de Deus. Por meio dele o louvor de Deus será proclamado (Is 43.21). Em resposta à sua redenção, o povo de Deus (Israel) se juntará aos céus, vales, montanhas e florestas (toda a criação) para mostrar a glória de Deus entre as nações (Is 44.23). Como podemos nos alinhar a este propósito divino?
No Novo Testamento vemos a glória de Deus revelada em seu Filho unigênito. Ele é o “resplendor da glória de Deus” (Hb 1.3). A glória do primeiro Adão se foi -- “icabode”. A glória do segundo Adão foi manifestada na cruz. Jesus, pela sua obediência e pela oferta de sua vida na cruz do Calvário pode, agora, conduzir “muitos filhos à glória” (Hb 2.9-10). Viver para a glória de Deus não se limita a dedicar uma música ou algumas horas da semana para uma atividade missionária. A glória de Deus é o povo de Deus vivendo a nova criação e enchendo toda a terra com justiça, bondade, misericórdia e verdade de Deus.
As quatro primeiras têm uma definição objetiva. Já a quinta -- Só a Deus glória -- permanece para muitos cristãos como uma afirmação subjetiva. Os dicionários definem a palavra glória como: beleza, esplendor, honra, exaltação, grandeza, fama. O pôr do sol em Brasília, nos meses de setembro e outubro, é de uma beleza indescritível. Podemos chamar isto de glória. Receber nove medalhas olímpicas, das quais cinco são de ouro, e a nota máxima na ginástica olímpica, um feito inédito, deu à romena Nadia Comaneci em 1976 a glória de sair na capa da revista Times com os seguintes dizeres: “Ela é perfeita”. Porém, quando nos referimos à glória de Deus, o que ela significa?
Para muitos cristãos, significa que qualquer mérito a eles atribuído deve ser redirecionado a Deus. Foi para a glória de Deus -- dizem. Embora seja um gesto correto, permanece como uma compreensão bastante limitada do que significa a glória de Deus. Podemos dizer que ela significa a majestade, grandeza e beleza de Deus. É verdade, mas de que forma um conceito tão eloquente e majestoso pode ser compreendido de forma mais objetiva por nós?
A glória de Deus não é um conceito abstrato, tampouco podemos limitá-la a algo que ofertamos a ele. Deus revela sua glória na beleza, harmonia e exuberância da sua perfeita e boa criação: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de sua mão” (Sl 19.1). Na criação perfeita de Deus encontramos todos os seus atributos, como poder, justiça, misericórdia, bondade, sabedoria. O salmista, em outro salmo, afirma: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” (Sl 8.3-5). Homem e mulher criados à imagem e semelhança de Deus são a coroa da criação e expressam a glória dele.
Sabemos que toda a natureza realiza aquilo para o qual foi criada. As aves do céu, os animais do campo, as estrelas no firmamento cumprem o propósito da criação e declaram a glória de Deus. Porém, o ser humano não vive por instintos como o restante da criação. A ele foi dada a vontade e a razão. Contudo, preferiu virar as costas ao Criador, ao desobedecer a seus mandamentos. A palavra “icabode” aparece na Bíblia como um nome próprio e significa que a glória se foi. Descreve não apenas uma pessoa, mas um período sem brilho e sem beleza para o povo de Deus. A glória de Deus se desvanece quando seu povo já não anda segundo seus propósitos.
O princípio que determina toda a ação de Deus é que ele nos criou para sua glória (Is 43.7). É por meio do seu povo que a terra se encherá do conhecimento e da glória de Deus. Por meio dele o louvor de Deus será proclamado (Is 43.21). Em resposta à sua redenção, o povo de Deus (Israel) se juntará aos céus, vales, montanhas e florestas (toda a criação) para mostrar a glória de Deus entre as nações (Is 44.23). Como podemos nos alinhar a este propósito divino?
No Novo Testamento vemos a glória de Deus revelada em seu Filho unigênito. Ele é o “resplendor da glória de Deus” (Hb 1.3). A glória do primeiro Adão se foi -- “icabode”. A glória do segundo Adão foi manifestada na cruz. Jesus, pela sua obediência e pela oferta de sua vida na cruz do Calvário pode, agora, conduzir “muitos filhos à glória” (Hb 2.9-10). Viver para a glória de Deus não se limita a dedicar uma música ou algumas horas da semana para uma atividade missionária. A glória de Deus é o povo de Deus vivendo a nova criação e enchendo toda a terra com justiça, bondade, misericórdia e verdade de Deus.
• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.
Fonte: Ultimato compartilhado no PCamaral
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