Jamais permita que a igreja se transforme em pedra de tropeço para a sua família.

Por Renato Vargens


Nós que experimentamos a salvação por intermédio de Cristo desenvolvemos um eterno sentimento de gratidão a Deus. Isto porque, estávamos mortos, distantes da comunhão do Pai, destituídos de sua benignidade, bem como, atolados em nossos delitos e pecados. Entretanto, mediante a sua eterna misericórdia e infinito amor, Deus compadeceu-se da nossa miséria enviando-nos então o seu filho para morrer em nosso lugar. Como somos gratos! O que seria de nós sem o Senhor? Que sentido teria a vida sem Jesus Cristo? Ele nos redirecionou, nos deu esperança, libertou-nos das garras do diabo, deu-nos alento para a alma, força para viver. Que descoberta maravilhosa é o evangelho! Que tesouro precioso são as boas novas da cruz de Cristo!

Viver para Deus é simplesmente maravilhoso. Sem sombra de dúvidas a vida ganhou um novo sentido quando descobrimos a raiz do verdadeiro amor e perdão. Milhões de pessoas em todo globo, após encontrar-se com Jesus mergulham de corpo e alma na pregação do evangelho e no desenvolvimento da vida comunitária, isto é maravilhoso! É fantástico a gente ver o povo de Deus vivendo e pregando o evangelho em todos os lugares possíveis e imagináveis. Entretanto, ao contrário do que pensamos nem sempre isto significa a melhor coisa a ser feita. Isto porque, em nome de uma espiritualidade capenga, no afã de servirmos a Deus na igreja, esquecemos nas prateleiras empoeiradas das nossas vidas pessoas importantes como cônjuges, filhos e família. Ora, é impossível viver a vida cristã sem o salutar hábito de servirmos a Deus na Igreja. Ao nascer de novo somos tomados por uma vontade substancial de sermos úteis ao nosso Senhor e ao seu Reino. Contudo é de fundamental importância que entendamos que o servir a Deus e a família não são coisas auto-excludentes.

A espiritualidade saudável faz com que compreendamos que no Reino de Deus existe tempo e espaço para tudo. Existe tempo, para pregar o Evangelho, para visitar os enfermos, para aconselharmos os carentes, bem como para brincar e rir com os filhos, passear com a esposa, tirar férias com a família, além obviamente de desenvolver no lar uma ambiência de aconchego e amizade.
Caro leitor, por favor, pare, pense e responda: o que adianta ganhar o mundo para Cristo e perder os filhos para as drogas ou álcool? Ou falar entusiasticamente do amor de Deus para os desfavorecidos sem contudo ser capaz de demonstrar com um gesto de carinho sequer amor pelo cônjuge? Ora, a vida Cristã não deve estar fundamentada nos cacoetes da espiritualidade, mais sim nos princípios irrefutáveis da Palavra de Deus.

Somos chamados para vivermos a vida de forma equilibrada. O Senhor nosso Deus deseja que estejamos extremamente engajados na expansão do Reino. Ele quer que sejamos crentes ativos, pregadores da justiça, servidores da comunidade e anunciadores das boas novas. Entretanto, não significa dizer que por fazermos isso, devemos deixar de lado a nossa família. Antes pelo contrário, o desejo do Pai é que sejamos pregadores da justiça em nossa casa, que sejamos servidores de nossos filhos e cônjuge. Se fizermos isso, aí sim, aqueles que nos amam entenderão que vale a pena servir o Deus do evangelho.


Pense nisso!


Fonte: Renato Vargens

Um comentário:

  1. O cristão tem que ter sabedoria do alto para poder administrar estas questões tão importantes em sua vida

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