Aquecendo-se na Fogueira do Inimigo


E, havendo acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles (Lc 22:55)

Um dos erros de Pedro, quando Jesus estava para ser crucificado, foi o de se expor desprecavidamente. Também, outros dois erros graves podem ser percebidos, e fazemos bem em não os repetirmos em nossas vidas: o primeiro foi isolar-se dos demais companheiros. Não fomos criados para vivermos isoladamente, somos membros do corpo de Cristo (I Co 12:12; Ef 4:16). Como órgãos vivos do corpo ou tijolos no edifício, unidos, formamos um todo e somos interdependentes. A partir desse principio, vivemos um dos grandes mistérios do Reino de Deus: amamos e somos amados, compreendemos e somos compreendidos, ajudamos e somos ajudados.

O segundo erro de Pedro foi aproximar-se demais da “zona de perigo”. As pessoas que queriam crucificar Jesus não estavam brincando; encontravam-se sedentas de sangue, Jerusalém estava agitada pelas patrulhas romanas; pessoas seriam executadas e qualquer suspeito seria preso. Ainda assim, Pedro assentou-se entre eles. Quantas vezes nós, também, inadvertidamente, buscamos companhia e benefícios onde jamais deveríamos estar. Quando a luta é contra as hostes de satanás, devemos resistir (Tg 4:7), mas, quanto às obras da carne, devemos fugir (II Tm 2:20).

Pedro se descuidou e, estando totalmente cercado de adversários, não teve forças para superar as provações. Negou seu grande Mestre e Amigo com palavras impróprias. O galo cantou, e, assim, cumpriu-se o alerta de Jesus. Então, na noite escura e solitária, Pedro chorou amargamente.

Há muitas fogueiras perigosas em nosso mundo querendo nos roubar a companhia dos amigos de fé e do bondoso Senhor, que nenhum mal fez, mas que, ao contrário, assumiu os nossos erros e as nossas misérias, na terrível cruz. No primeiro círculo da fogueira, estão os ímpios; no segundo, a escuridão, com uma pertinente ave [galo], para despertar a consciência.

Ainda bem que essa história não terminou com lágrimas, pois Pedro se recuperou e encontrou o Calvário e o Senhor vivo. Aquentemo-nos, mas, na fogueira da graça, do amor e do poder do Espírito Santo.

Amém!

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DEC - PC@maral

2 comentários:

  1. Muito bom seu texto, bom mesmo, eu fiz um artigo parecido com seu, se chama "A brasa Ardente" se quiser dar uma conferida passe lá. Paz!

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  2. Muito bom...esta fogueira aqui em seu blog aqueceu meu coração hehe.
    Que Deus o continue abençoando.

    Se desejar visitar meu blog, faz um blogueiro feliz(risos)

    http://oblogdodumane.blogspot.com/

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