As mídias sociais propõem uma mudança cultural nas empresas


Sabe o porquê daquela empresa não conseguir implementar uma campanha de mídias sociais? Porque não faz parte da cultura daquela empresa. São funcionários fechados, onde o máximo que sabem fazer é usar um software de planilhas eletrônicas. Na política de uso de internet, sites como o Orkut e o Facebook são bloqueados. Para pedir algo, é necessário que se envie um e-mail através da intranet. Uma empresa desse tipo não irá muito longe nas mídias sociais.

É fato: não adianta querer implementar algo que vá de encontro com cultura de uma empresa. Aliás, não somente nas empresas, mas em qualquer setor/público que ainda esteja preso à cultura do século XX – apenas não falaremos sobre isso, pois se tratará de um tema muito complexo, digno, inclusive, de um artigo científico.

Como as empresas tradicionalistas sobreviverão no novo cenário onde a figura do chefe se reduz cada vez mais à de um orientador, cuja função não é a de mandar em seus subordinados, mas de ajudar e direcionar suas atividades. Muitas empresas mudaram a nomenclatura de “funcionários” para “colaboradores”, mas quantas, de fato, estão se apropriando do verdadeiro significado de colaboração? Ora, as empresas tradicionalistas só mudam nos nomes, não na cultura.

Se por cultura entendemos um conjunto de valores, morais e produções que reproduzem um determinado ambiente datado, é certo que essa mudança não virá à curto prazo (ou facilmente). Uma empresa que queira se adaptar às mudanças de paradigmas do novo século e das novas mídias deverá ter em mente que, durante esse processo, muitos funcionários se perderão (assim como péssimos hábitos antiquados). O ponto chave dessa mudança é o tempo: qual o momento certo de fazer a “migração”? Mídias sociais não são apenas ferramentas. Web 2.0 não é somente um termo novo. Tudo isso está modificando nossos modos, nosso pensamento, nossa convivência. As empresas são apenas a primeira barreira ao processo, mas isso não irá pará-lo: as mídias sociais não são uma moda passageira – surgem como uma tsunami para quem não estiver preparado. E sua empresa, como está?

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Fonte: Web Dialogos - Este artigo foi motivado pela entrevista da Ana Modesto no Programa Papo Cabeça compartilhado no PC@maral

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