A Graça Que Espera

Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. (Lucas 15:32)

O Senhor Jesus, nos dias de sua humanidade, ensinou-nos a olhar a vida e o Reino de Deus tão ricamente, usando figuras e personagens que até hoje nos emociona. Eis mais uma paráfrase:

Um homem tinha dois filhos e o mais jovem procurou o pai, e mesmo correndo risco de vida, disse-lhe: Não quero esperar que morra para receber a minha parte na herança, estou cansado deste lugar, sempre a mesma coisa, quero conhecer coisas novas, ser totalmente independente. Mesmo contrariado, o pai respeita o livre arbítrio e um dia vê seu filho ajuntar tudo e partir para o pretenso mundo novo. Longe de olhares conhecidos, com muito dinheiro começa a viver não a liberdade, mas a libertinagem. É o momento da ida.

Um dia a fortuna acaba e com ela os falsos amigos e prazeres vão embora. O filho agora encontra-se solitário, no meio de uma manada de porcos, sentindo inveja de suas refeições, sem lar e sem pão. No desprezo total, olha para dentro de si e no desejo de viver decide: voltarei, confessarei meus erros e recomeçarei como um empregado qualquer de meu pai, porque terei pão e amizade. Mesmo que não entre no quarto que foi meu, me alimente na mesa que um dia me pertenceu, mas ali, não me faltarão dignidade e respeito. É a voz da consciência e do arrependimento. No horizonte ao longe, uma silhueta, o pai que o aguardava diariamente o reconhece e quebrando todos as barreiras tradicionais, movido pelo amor e compaixão, corre-lhe ao encontro, salta-lhe ao pescoço e não permitindo nenhuma desconsideração paternal, beija-lhe a face. É o momento da volta.

Uma ordem foi dada, tragam logo a melhor roupa (é um príncipe e precisa ser protegido), um anel de pedras preciosas (merece uma nova chance e eu faço uma aliança), calçados para os pés (eu tenho filho e não escravo para andar descalço), mate o novilho (merece uma festa), toquem a música (é dia de alegria) porque este meu precioso filho estava totalmente perdido e eu o reencontrei, estava como morto e voltou à vida. É a consideração e a recompensa. (Lucas 15.11-23).

Independente da situação podemos afirmar: Deus nos ama e não quer que a nossa vida seja sem sabor, para isto, Ele aguarda somente um gesto nosso, um passo, e se isso for dado, correrá ao nosso encontro e nos dará o lugar que é nosso, pelo sangue de Jesus que foi derramado na cruz e desfrutaremos a vida aqui, com a perspectiva da festa eterna, a qual ocorrerá, na companhia dos anjos e dos salvos.

Na graça que espera.

Que Deus nos abençoe!

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Fonte: Texto de autoria do Pastor Elias Alves Ferreira compartilhado no PC@maral
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