O Que é a Confissão Positiva?
E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis. (Mateus 21:22)
Publicado originalmente em GenizahPor Pastor Esequias Soares
A confissão positiva não é uma denominação nem uma seita, mas um movimento no seio das igrejas pentecostais e neo-pentecostais que enfatiza o poder do crente em adquirir tudo o que quiser. Seu surgimento foi gradual, a partir de Essek William Kenyon (1867-1948). Uns são unicistas, outros deificam o homem, há ainda os que pregam um Jesus exótico, estranho ao Novo Testamento, e se caracterizam por pregarem saúde e prosperidade como instrumento aferidor da vida espiritual do cristão. Suas fontes de autoridade são a Bíblia, as revelações de seus líderes e a palavra da fé. Kenyon começou a pregar na Igreja Metodista na região de Nova Iorque. Em 1981, estudou na Emerson School of Oratory (Escola Emerson de Oratória), em Boston, quando se encontrou com o Novo Pensamento do hipnotizador e curandeiro Finéias Parkhurst Quimby (1806-1866). Conhecido como guru da Ciência da Mente e fundador do Novo Pensamento, Quimby influenciou a Mary Baker Eddy, que em 1879 fundou a Igreja da Ciência Cristã. Charles Emerson, fundador e diretor da citada Escola de Oratória, aceitava as crenças da Ciência Cristã. Os seguidores de Quimby criam no poder da mente e negavam a existência da matéria, do sofrimento, do pecado e da enfermidade.
Kenyon disse que muito se poderia aproveitar do ensino de Mary Baker Eddy e se empenhou nas campanhas pregando salvação e cura em Jesus Cristo dando ênfase aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade. Aplicava a técnica do poder do pensamento positivo. Orava pelos enfermos e muitos foram salvos e curados, mas outros não. Não era pentecostal, pastoreou várias igrejas e fundou outras. Kenyon foi influenciado pelas seitas Ciência da Mente, Ciência Cristã e a metafísica do Novo Pensamento. Kenyon é reconhecido hoje como o pai do Movimento Confissão Positiva, também conhecido como Teologia da Prosperidade, Palavra da Fé ou Movimento da fé, pois influenciou Kenneth Hagin.
Hagin nasceu em 1917 com problema de coração e ficou inválido durante 15 anos. Ele se converteu ao Evangelho em 1933 e no ano seguinte o Senhor Jesus o curou. Logo começou a pregar e recebeu o batismo no Espírito Santo numa pequena congregação interdenominacional no Texas em 1937. Hagin estudava os escritos de Kenyon e divulgava esses ensinos kenyanos em livros, cassetes e seminários, dando ênfase a confissão positiva. Em 1974 fundou o Centro Rhena de Adestramento Bíblico, em Oklahoma. Muitos pastores e movimentos foram influenciados por Hagin. Em 1979, Hagin, Kenneth Copeland, Frederick Price, Charles Capps e alguns outros fundaram a Convenção Internacional de Igrejas da Fé, em Tulsa, Oklahoma.
Para fundamentar sua Teologia da Prosperidade, seus expoentes apresentam um Jesus rico e muito próspero financeiramente quando esteve entre nós. Afirmam ainda que Jesus vivia numa casa grande, administrava muito dinheiro, por isso precisava de um tesoureiro, e usava roupa de grife. Cremos não haver necessidade de refutar tais idéias, pois todos sabem que Jesus "se fez pobre, para que pela sua pobreza, enriquecêsseis", 2 Coríntios 8.9. Compare ainda Lucas 2.21-24 com Levítico 12.2-4, 6, 8; 9.5, 8.
Hagin faz diferença entre as palavras gregas rhema e logos. Ambas significam "palavra". Ele afirma que logos é a palavra de Deus escrita, a Bíblia e que rhena é a palavra falada por Deus em revelação ou inspiração a uma pessoa em qualquer época, de modo que o crente pode repetir com fé qualquer promessa bíblica, aplicando a sua necessidade pessoal, e exigir seu cumprimento. A base da confissão positiva é a fé. O crente deve declarar que já tem o que Deus prometeu nos textos bíblicos e tal confissão pode trazer saúde e prosperidade financeira. A confissão negativa, por sua vez, é reconhecer a presença das condições indesejáveis. Em outras palavras, você nega a existência da enfermidade e ela simplesmente deixará de existir. Isso é o que ensinava Quimby e ensina ainda hoje a seita Ciência Cristã.
Atribuir tanta autoridade assim às palavras de uma pessoa extrapola os limites bíblicos. Além disso, não é verdade que haja essa diferença entre logos e rhena. Deus é Senhor e soberano e nós os seus servos. O Senhor Jesus nos ensinou na chamada Oração do Pai Nosso: "Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu", Mateus 6.10. Essas duas palavras gregas são usadas alternadamente para indicar a Bíblia. A Septuaginta usou o termo rhena tou theou, "palavra de Deus", para designar a Bíblia em Isaías 40.8. A mesma expressão reaparece no Novo Testamento grego (1 Pedro 1.25). Isso encontramos também nos escritos paulinos (Efésios 6.17) e, no entanto, encontramos também logos tou theou para designar a Bíblia em Marcos 7.13.
A Bíblia diz que devemos confessar nossas culpas para que sejamos sarados (Tiago 5.16) e isso não parece ser confissão positiva. Apóstolo Paulo afirma haver se contentado com a abundância e com a escassez (Filipenses 4.11-13). É verdade que a doença é conseqüência da queda do Éden, mas dogmatizar que todos os enfermos estão em pecado ou não têm fé é ir além do que está escrito. Há casos de pessoas que foram enfermas por desobediência a Deus (Números 12.10). Por outro lado, há casos de homens de Deus serem enfermos fisicamente. Timóteo (1 Timóteo 5.23) e Trófimo (2 Timóteo 4.20) são exemplos. Devemos ter discernimento para sabermos quando o caso é puramente clínico e quando é espiritual.
As Sagradas Escrituras ensinam que nem a pobreza nem a riqueza são virtudes, e elas não tratam a pobreza com desdém. Não devemos ir para um extremo e nem para o outro (Provérbios 30.8-9). É verdade que a riqueza é bênção de Deus, desde que seja adquirida de maneira honesta, não vise exclusivamente aos deleites (Tiago 4.3) e não venha dominar a pessoa. Também é bom saber que a pobreza não é símbolo de maldição divina (Provérbios 17.1 e 1 Timóteo 6.7-9). Portanto, a confissão positiva é uma crença sem fundamento bíblico.
Algumas pessoas vêem as aberrações da confissão positiva, mas às vezes hesitam em rebater esses abusos temendo dividir o povo de Deus, ou até mesmo ser reputado como incrédulo ou anti-pentecostal. Nós cremos no sobrenatural de Deus e na obra do Espírito Santo. Somos testemunhas de curas e outros milagres que o Senhor Jesus tem operado em nosso meio. Isso são promessas de Deus exaradas na Bíblia (Marcos 16.17-20 e João 14.12). Nem por isso vamos ser ingênuos para aceitar doutrinas sem base bíblica. Jesus disse: "Sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas", Mateus 10.16.
***Kenyon disse que muito se poderia aproveitar do ensino de Mary Baker Eddy e se empenhou nas campanhas pregando salvação e cura em Jesus Cristo dando ênfase aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade. Aplicava a técnica do poder do pensamento positivo. Orava pelos enfermos e muitos foram salvos e curados, mas outros não. Não era pentecostal, pastoreou várias igrejas e fundou outras. Kenyon foi influenciado pelas seitas Ciência da Mente, Ciência Cristã e a metafísica do Novo Pensamento. Kenyon é reconhecido hoje como o pai do Movimento Confissão Positiva, também conhecido como Teologia da Prosperidade, Palavra da Fé ou Movimento da fé, pois influenciou Kenneth Hagin.
Hagin nasceu em 1917 com problema de coração e ficou inválido durante 15 anos. Ele se converteu ao Evangelho em 1933 e no ano seguinte o Senhor Jesus o curou. Logo começou a pregar e recebeu o batismo no Espírito Santo numa pequena congregação interdenominacional no Texas em 1937. Hagin estudava os escritos de Kenyon e divulgava esses ensinos kenyanos em livros, cassetes e seminários, dando ênfase a confissão positiva. Em 1974 fundou o Centro Rhena de Adestramento Bíblico, em Oklahoma. Muitos pastores e movimentos foram influenciados por Hagin. Em 1979, Hagin, Kenneth Copeland, Frederick Price, Charles Capps e alguns outros fundaram a Convenção Internacional de Igrejas da Fé, em Tulsa, Oklahoma.
Para fundamentar sua Teologia da Prosperidade, seus expoentes apresentam um Jesus rico e muito próspero financeiramente quando esteve entre nós. Afirmam ainda que Jesus vivia numa casa grande, administrava muito dinheiro, por isso precisava de um tesoureiro, e usava roupa de grife. Cremos não haver necessidade de refutar tais idéias, pois todos sabem que Jesus "se fez pobre, para que pela sua pobreza, enriquecêsseis", 2 Coríntios 8.9. Compare ainda Lucas 2.21-24 com Levítico 12.2-4, 6, 8; 9.5, 8.
Hagin faz diferença entre as palavras gregas rhema e logos. Ambas significam "palavra". Ele afirma que logos é a palavra de Deus escrita, a Bíblia e que rhena é a palavra falada por Deus em revelação ou inspiração a uma pessoa em qualquer época, de modo que o crente pode repetir com fé qualquer promessa bíblica, aplicando a sua necessidade pessoal, e exigir seu cumprimento. A base da confissão positiva é a fé. O crente deve declarar que já tem o que Deus prometeu nos textos bíblicos e tal confissão pode trazer saúde e prosperidade financeira. A confissão negativa, por sua vez, é reconhecer a presença das condições indesejáveis. Em outras palavras, você nega a existência da enfermidade e ela simplesmente deixará de existir. Isso é o que ensinava Quimby e ensina ainda hoje a seita Ciência Cristã.
Atribuir tanta autoridade assim às palavras de uma pessoa extrapola os limites bíblicos. Além disso, não é verdade que haja essa diferença entre logos e rhena. Deus é Senhor e soberano e nós os seus servos. O Senhor Jesus nos ensinou na chamada Oração do Pai Nosso: "Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu", Mateus 6.10. Essas duas palavras gregas são usadas alternadamente para indicar a Bíblia. A Septuaginta usou o termo rhena tou theou, "palavra de Deus", para designar a Bíblia em Isaías 40.8. A mesma expressão reaparece no Novo Testamento grego (1 Pedro 1.25). Isso encontramos também nos escritos paulinos (Efésios 6.17) e, no entanto, encontramos também logos tou theou para designar a Bíblia em Marcos 7.13.
A Bíblia diz que devemos confessar nossas culpas para que sejamos sarados (Tiago 5.16) e isso não parece ser confissão positiva. Apóstolo Paulo afirma haver se contentado com a abundância e com a escassez (Filipenses 4.11-13). É verdade que a doença é conseqüência da queda do Éden, mas dogmatizar que todos os enfermos estão em pecado ou não têm fé é ir além do que está escrito. Há casos de pessoas que foram enfermas por desobediência a Deus (Números 12.10). Por outro lado, há casos de homens de Deus serem enfermos fisicamente. Timóteo (1 Timóteo 5.23) e Trófimo (2 Timóteo 4.20) são exemplos. Devemos ter discernimento para sabermos quando o caso é puramente clínico e quando é espiritual.
As Sagradas Escrituras ensinam que nem a pobreza nem a riqueza são virtudes, e elas não tratam a pobreza com desdém. Não devemos ir para um extremo e nem para o outro (Provérbios 30.8-9). É verdade que a riqueza é bênção de Deus, desde que seja adquirida de maneira honesta, não vise exclusivamente aos deleites (Tiago 4.3) e não venha dominar a pessoa. Também é bom saber que a pobreza não é símbolo de maldição divina (Provérbios 17.1 e 1 Timóteo 6.7-9). Portanto, a confissão positiva é uma crença sem fundamento bíblico.
Algumas pessoas vêem as aberrações da confissão positiva, mas às vezes hesitam em rebater esses abusos temendo dividir o povo de Deus, ou até mesmo ser reputado como incrédulo ou anti-pentecostal. Nós cremos no sobrenatural de Deus e na obra do Espírito Santo. Somos testemunhas de curas e outros milagres que o Senhor Jesus tem operado em nosso meio. Isso são promessas de Deus exaradas na Bíblia (Marcos 16.17-20 e João 14.12). Nem por isso vamos ser ingênuos para aceitar doutrinas sem base bíblica. Jesus disse: "Sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas", Mateus 10.16.
Fonte: Palavra da Verdade
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