Ele vai te Encontrar

E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão; e, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade. E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar. E entregou-o a sua mãe. E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo. E correu dele esta fama por toda a Judéia e por toda a terra circunvizinha. (Lucas 7:11-17)

Por Cláudia dos Santos Duarte

Todos nós temos sonhos. Como já diz o ditado: sonhar não custa nada. Alguns de nós sonhamos com a casa própria, outros têm o sonho de fazer uma boa faculdade, enquanto que alguns sonham com uma estabilidade profissional. Alguns desses sonhos se cumprem, outros não. Hoje nós vamos refletir numa história de uma mulher que teve os seus mais caros sonhos destruídos, mas que teve um encontro com alguém muito especial, que mudou a sua vida e a sua história. É a história da viúva de Naim que está registrada no evangelho de Lucas, no capítulo 7, dos versículos 11 ao 17.

Ao chegar à cidade de Naim, Jesus encontra muitas pessoas seguindo num cortejo fúnebre, acompanhando a viúva que iria enterrar o seu filho único. Duas multidões se encontram: a que está com Jesus, alegre e celebrando a vida; e a do cortejo, em pranto e triste. Essas duas multidões se encontram, porque um sepultamento está prestes a se realizar. Muitos se perguntaram: quem havia morrido? O filho de uma viúva dessa cidade.

É interessante nós observamos que a situação de uma viúva nos tempos bíblicos não era boa, já que uma mulher nessa situação estava profundamente vulnerável. Enquanto o marido vivia, ele era o responsável por seu sustento. Mas, se este morria, ela precisava se sustentar sozinha. Naquele tempo, somente para termos uma idéia, as propriedades familiares eram transferidas pelos filhos e, em casos especiais, a uma filha, nunca a uma viúva. Uma viúva não era valorizada. Não havia "INSS", pensão e nem assistência social para ajudá-la a enfrentar as dificuldades. Mas se tivesse filhos, eles eram os responsáveis pelo seu sustento.

No caso dessa mulher, ela já havia perdido sua fonte de segurança (o seu marido) e agora via o seu filho único morto e prestes a ser enterrado. Vamos imaginar no quanto ela devia estar sofrendo e desesperada. Seus sonhos desmoronaram: os sonhos de uma família feliz, sonho de ter uma segurança durante a velhice. O marido que deveria cuidar dela durante toda a vida já estava morto, e agora seu único filho, esperança de sustento, de segurança e de perpetuação do nome da família também estava morto. O que iria acontecer com ela? Para uma viúva sem filhos, haviam poucas oportunidades: ou mendigar, ou se prostituir. O que ela iria fazer? Ela não tinha mais a quem recorrer: estava sozinha e sem perspectiva de vida: que desespero que essa viúva devia estar sentindo: desesperançada e desamparada, sem ter quem cuidasse dela. 

Nós também podemos enfrentar situação semelhante, em que os nossos anseios e desejos não se cumprem, onde a desesperança e o desamparo turvam a nossa visão. Onde vemos os nossos sonhos e os nossos projetos de vida desmoronarem! No entanto, um encontro especial pode mudar a nossa vida e a nossa história!

O verso 13 do capítulo 7 do evangelho de Lucas afirma que Jesus viu a mulher. Ela estava tão marcada pela dor que não viu Jesus. Ele é que a viu primeiro e soube que ela se encontrava numa situação desesperadora.

Em muitas situações nós nos sentimos tão desesperançados, que não percebemos que Cristo está bem perto de nós, disposto a ressuscitar nossos sonhos, nossa família, nossa saúde. Nesse mesmo verso, a Bíblia também relata que Jesus sentiu compaixão por essa mulher. Esse é o único relato de milagre no qual Lucas menciona a compaixão de Jesus. Ele sabia das dificuldades que a sua posição de mulher sozinha e viúva tinha e assim teve íntima misericórdia dela. Ele fala com ela, demonstrando todo o seu amor e misericórdia. A compaixão de Jesus o levou a tomar uma atitude. Jesus se importa com os nossos sofrimentos e dificuldades, e age sempre em nosso favor.

No verso 14, ele quebra o protocolo, para o cortejo e ordena ao rapaz que se levante. Quando Jesus restitui o menino à sua mãe, ele restitui também as suas esperanças e os seus sonhos.

Quando a multidão compara Jesus a um profeta, está comparando a Elias e Eliseu. Os dois últimos tiveram que orar, esperar e até se estender sobre os mortos para que eles voltassem a viver. Jesus somente ordenou e o jovem reviveu, numa demonstração de que era realmente o Deus que possui domínio sobre todas as coisas, até mesmo sobre a morte. Não há problema, dificuldade e circunstâncias que o Senhor não possa agir.

Ainda nesse milagre, Jesus toma a iniciativa, ele vê a necessidade, teve compaixão, foi ao encontro da mulher e de seu filho morto e restaurou os sonhos da viúva e a vida de seu filho. A mulher não pediu nada a Cristo, mas Cristo agiu por sua própria iniciativa ao perceber as suas necessidades e suas dificuldades. Ele agiu com graça e misericórdia, ressuscitando ao seu filho querido.

Todas essas atitudes, Cristo também têm com cada um de nós: ele olha para a nossa vida com muito amor e misericórdia, restaura os nossos sonhos, restituindo a nossa vida, a nossa paz, a nossa família.

A compaixão de Cristo é tão grande, que ele foi capaz de morrer na cruz para nos salvar. Com isso, Jesus fez muito mais do que somente restaurar a vida física: ele nos ofereceu perdão e vida eterna.

Muita coisa vai morrendo na nossa vida: valores, sonhos, ministério. Somente Cristo pode restituir o que se perdeu em meio às lutas e às tempestades da vida. No caso da viúva de Naim, Cristo restituiu o filho e no seu caso, o que existe para ser restituído?

Em Cristo, quem nos restitui,


Fonte: Texto da Dsa. Cláudia dos Santos Duarte via Sou da Promessa compartilhado no PCamaral

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