Fé, razão, pecado e redenção no pensamento de Blaise Pascal [3]
Publicadado originalmente em Revista Ultimato
O homem enjoa de tudo porque a felicidade não está nas coisas exteriores
O homem enjoa de tudo porque a felicidade não está nas coisas exteriores
Não era psicólogo, mas poucas pessoas conheceram tão bem a natureza humana como Pascal. Ele conhecia-se a si mesmo e aos outros.
A única vergonha é não ter vergonha.
É uma coisa terrível sentir escoar tudo o que se possui.
Reconheçamos nossas forças: somos alguma coisa e não tudo.
Trabalhamos incessantemente para embelezar e conservar nosso ser imaginário, negligenciando o verdadeiro.
O homem não passa de um caniço, o mais débil da natureza. Porém, é um caniço pensante.
A grandeza do homem é grande na medida em que ele se considera miserável.
Somos capazes de passar rapidamente da presunção desmedida para um horrível abatimento de coração.
Os homens instruídos - os filósofos - espantam os homens comuns. Os cristãos, por sua vez, espantam os filósofos.
A grandeza tem necessidade de ser perdida para ser sentida. A continuidade em tudo é desagradável.
O homem não é anjo, mas animal. Quem pretende ser anjo precisa, primeiro, saber que é animal.
Somos cheios de coisas que nos empurram para fora de nós mesmos.
A fim de que a paixão não nos seja nociva, façamos de conta que temos apenas oito horas de vida.
É perigoso conhecer Deus sem conhecer a própria miséria e conhecer a própria miséria sem conhecer Deus.
Os eleitos ignorarão suas virtudes e os reprovados ignorarão a grandeza de seus crimes.
Queremos a simetria apenas em largura e não em altura nem em profundidade.
A vontade nunca se satisfaz enquanto não tenha tudo o que almeja. Mas ela se satisfaz no instante em que a tudo renuncia.
É supersticioso quem coloca suas esperanças nas formalidades e cerimônias religiosas. Mas é soberbo não querer a elas se submeter.
É um grande mal seguir a exceção no lugar da regra. É preciso ser severo e contrário à exceção.
Se a misericórdia de Deus é tão grande que ela se esconde, o que devemos esperar quando ela não mais se esconder?
Afastemos a impiedade e a alegria ficará sem mancha.
Não há tão grande desproporção entre a unidade e o infinito senão entre a nossa justiça e a justiça de Deus.
Muito barulho assusta, muita luz ofusca, muito prazer incomoda, muita mocidade ou muita velhice embota o espírito. Muita instrução bestifica.
Se os plebeus tivessem sido todos convertidos por Jesus Cristo, só teríamos testemunhas suspeitas. Se tivessem sido todos exterminados, não teríamos testemunhas.
A única vergonha é não ter vergonha.
É uma coisa terrível sentir escoar tudo o que se possui.
Reconheçamos nossas forças: somos alguma coisa e não tudo.
Trabalhamos incessantemente para embelezar e conservar nosso ser imaginário, negligenciando o verdadeiro.
O homem não passa de um caniço, o mais débil da natureza. Porém, é um caniço pensante.
A grandeza do homem é grande na medida em que ele se considera miserável.
Somos capazes de passar rapidamente da presunção desmedida para um horrível abatimento de coração.
Os homens instruídos - os filósofos - espantam os homens comuns. Os cristãos, por sua vez, espantam os filósofos.
A grandeza tem necessidade de ser perdida para ser sentida. A continuidade em tudo é desagradável.
O homem não é anjo, mas animal. Quem pretende ser anjo precisa, primeiro, saber que é animal.
Somos cheios de coisas que nos empurram para fora de nós mesmos.
A fim de que a paixão não nos seja nociva, façamos de conta que temos apenas oito horas de vida.
É perigoso conhecer Deus sem conhecer a própria miséria e conhecer a própria miséria sem conhecer Deus.
Os eleitos ignorarão suas virtudes e os reprovados ignorarão a grandeza de seus crimes.
Queremos a simetria apenas em largura e não em altura nem em profundidade.
A vontade nunca se satisfaz enquanto não tenha tudo o que almeja. Mas ela se satisfaz no instante em que a tudo renuncia.
É supersticioso quem coloca suas esperanças nas formalidades e cerimônias religiosas. Mas é soberbo não querer a elas se submeter.
É um grande mal seguir a exceção no lugar da regra. É preciso ser severo e contrário à exceção.
Se a misericórdia de Deus é tão grande que ela se esconde, o que devemos esperar quando ela não mais se esconder?
Afastemos a impiedade e a alegria ficará sem mancha.
Não há tão grande desproporção entre a unidade e o infinito senão entre a nossa justiça e a justiça de Deus.
Muito barulho assusta, muita luz ofusca, muito prazer incomoda, muita mocidade ou muita velhice embota o espírito. Muita instrução bestifica.
Se os plebeus tivessem sido todos convertidos por Jesus Cristo, só teríamos testemunhas suspeitas. Se tivessem sido todos exterminados, não teríamos testemunhas.
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