A morte de Cristo não foi um acidente nem sua ressurreição uma surpresa

A morte de Cristo não foi um acidente nem sua ressurreição uma surpresa

A morte de JESUS foi planejada e planejada desde a eternidade (Ap 13.8). Toda a história da humanidade foi uma preparação para a chegada do Messias e ele veio para morrer, e morrer pelos nossos pecados. Tanto sua morte como sua ressurreição estavam fartamente profetizados nas Escrituras (1Co 15.3,4). Os profetas falaram com clareza diáfana sobre a morte de Cristo séculos antes dele nascer. O próprio Jesus profetizou, sem rodeios, sobre sua própria morte. Ele não recuou diante da morte nem ficou surpreendido quando foi sentenciado à morte e morte de cruz.

Jesus não morreu porque Judas o traiu por ganância, ou porque o sinédrio o prendeu e o acusou de blasfêmia contra Deus e conspiração contra César. Jesus não morreu porque os discípulos o abandonaram ou porque Pilatos, covardemente, o condenou à morte, mesmo estando convicto de sua inocência. Jesus morreu porque o Pai o entregou por amor. Ele morreu porque a si mesmo se deu, voluntariamente, pelo seu povo, para morrer pelas suas ovelhas.




A morte de Jesus, portanto, não foi um acidente nem sua ressurreição uma surpresa. 

Ele não morreu porque sucumbiu à trama do sinédrio, que nos bastidores do poder eclesiástico, urdiram sua prisão e conduziram ilegalmente todo o processo de sua acusação e condenação. Jesus não morreu porque foi uma vítima indefesa diante do poder de Roma. Ele morreu porque para este fim veio ao mundo. Ele morreu porque sua morte foi o nosso êxodo, a libertação do nosso cativeiro. Jesus caminhou para a cruz como um rei caminha para sua coroação. Ele glorificou o Pai na sua morte e o Pai o glorificou em sua ressurreição.

A morte de Cristo foi a maior demonstração do amor e da justiça de Deus. 

Ali na cruz do Calvário a justiça e a paz se beijaram. A cruz é o palco mais eloquente, onde refulge a justiça divina. Ali Deus puniu o nosso pecado em seu próprio Filho. Ele lançou sobre ele a iniquidade de todos nós. Agradou ao Pai moê-lo na cruz. O golpe da lei que deveríamos sofrer, Jesus sofreu por nós. O cálice amargo da ira de Deus que deveria ser sorvido por nós, foi dado a Jesus. Ele morreu em nosso favor, em nosso lugar, como nosso fiador e representante. Ele morreu a nossa morte.

Por outro lado, a morte de Jesus foi a mais vívida demonstração do amor de Deus pelos pecadores. Deus nos amou quando éramos ímpios, fracos, pecadores e inimigos. Ele amou-nos não porque merecíamos o seu amor, mas exatamente quando éramos os objetos da sua ira. Ele amou-nos não por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. Deus não escreveu seu amor por nós em letras de fogo nas nuvens, mas esculpiu seu amor por nós na cruz de seu Filho. Ele, por amor de nós, não poupou a seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou.

A morte de Cristo nos trouxe vida. Por sua morte somos justificados. 

Ao morrer pelos nossos pecados, Jesus abriu-nos um novo e vivo caminho para Deus. O véu do templo rasgou-se de alto a baixo. Agora, todos nós temos livre acesso à presença de Deus. Fomos feitos uma raça de sacerdotes. Porque Jesus morreu por nós, temos paz com Deus em relação ao passado, acesso à graça em relação ao presente e esperança da glória em relação ao futuro. Jesus não morreu para possibilitar a nossa salvação, ele morreu para efetivá-la.

Sua morte foi substitutiva. Ele morreu morte vicária. Por morrer pela sua igreja, pelas suas ovelhas, pelo seu povo, trouxe-nos completa e perfeita redenção. Agora, aqueles a quem o Pai lhe deu desde a eternidade, por quem ele morreu na cruz, são eficazmente chamados, justificados e glorificados. Nada nem ninguém pode nos arrancar dos seus braços nem nos separar do amor de Deus. Temos em Jesus Cristo copiosa e segura redenção.

A morte de Jesus, o Cristo de Deus, nos trouxe vida eterna e sua ressurreição garantiu a nossa justificação.

Fonte:
Rev. Hernandes Dias Lopes

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