Morre Zilda Arns no terremoto que atingiu o Haiti
Zilda Arns Neumann, de 75 anos, médica pediatra e sanitarista, fundadora da Pastoral da Criança, morreu no terremoto que atingiu o Haiti na noite da terça-feira (12). A informação foi confirmada pelo gabinete do senador Flávio Arns, sobrinho de Zilda. O gabinete foi informado da morte de Zilda Arns pela Presidência da República.
A assessoria do senador informou que ele embarcou em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) junto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. O embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, também viaja ao país. O Brasil anunciou o envio de US$ 10 milhões (R$ 17,3 milhões) e 14 toneladas de alimentos aos afetados pelo terremoto.
Segundo a assessora da Pastoral da Criança, Zilda Arns estava no país para ajudar crianças carentes e divulgar os trabalhos da pastoral. Ela estava acompanhada da irmã Rosângela Altoé.
Fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns era irmã de dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito de São Paulo. Os dois nasceram em Forquilhinha, em Santa Catarina. Dom Paulo Evaristo Arns afirmou hoje que a irmã teve "uma morte bonita".
O arcebispo soube da morte da irmã através de uma ligação do gabinete da Presidência da República e recebeu a notícia com serenidade. Arns apenas pediu um momento de recolhimento para meditar e logo mais deverá divulgar uma nota sobre o falecimento.
Em 2006, ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz junto com outras 999 mulheres de todo o mundo. Sua carreira como médica começou na pediatria do Hospital de Crianças César Pernetta, em Curitiba. Depois de se especializar na USP (Universidade de São Paulo) em saúde pública e em pediatria social em Medellin, na Colômbia, foi convidada, em 1980, a coordenar a campanha de vacinação para combater a primeira epidemia de poliomielite no Brasil, criando um método tão eficaz que acabou sendo adotado pelo Ministério da Saúde.
Foi ela que, a pedido da CNBB, criou a Pastoral da Criança, que já atendeu mais de 1,4 milhão de famílias pobres em quase todos os municípios do Brasil com a ajuda de milhares de voluntários.
Zilda criou cinco filhos com o marido, morto em 1978. Uma de suas filhas, Sílvia, morreu em 2003 em um acidente de carro. Ela era avó de dez netos.
Pelo menos quatro militares brasileiros morreram no terremoto que atingiu o país. O general de brigada Carlos Alberto Neiva Barcellos, chefe da comunicação social do Exército brasileiro, informou a morte do primeiro tenente Bruno Ribeiro Mário, do segundo sargento Davi Ramos de Lima, e dos soldados Antônio José Anacleto, e Tiago Detimermani. O Exército também confirmou cinco militares feridos.
O governo brasileiro também informou que a Embaixada do Brasil não ruiu, sofrendo apenas algumas rachaduras. Por precaução, os funcionários estão trabalhando no Centro Cultural do Brasil no Haiti, que não sofreu danos.
A estratégia da diplomacia brasileira agora para lidar com a crise é reforçar, ou seja levar mais pessoal, para a Embaixada na República Dominicana, país que divide a ilha de Hispaniola com o Haiti.
Fonte:
R7.com
Que mulher!!! É uma grande perda! No Paraná estamos muito tristes com a morte dela! De fato o trabalho que ela iniciou ajudou muitas crianças carentes! Assisti agora pouco no jornal local uma mulher que convivia com ela dizendo que ela sempre repetia que: "amar é acolher, amar é entender, amar é fazer o outro crescer"!
ResponderExcluirMais triste ainda é ver esta população do Haiti sofrendo assim...
Foi uma grande mulher, sem dúvidas.
ResponderExcluirAbraço Paulo.
Júnior Rubira
www.blogespadadoespirito.blogspot.com