Entenda o que aconteceu na Região serrana do RJ.

Ocupação irregular de encostas agravou tragédia no Rio de Janeiro
As montanhas são muito íngremes. A vegetação maciça cobre uma fina camada de terra sobre rochas. Muitas áreas são ocupadas de modo irregular, desestabilizando a formação. A água penetra e o terreno cede por falta de estrutura.

Só sobrou parte de uma casa em um trecho da encosta, em Teresópolis. Segundo as contas dos próprios moradores, havia no local cerca de 20 residências. Tudo foi abaixo em segundos, sem chance de reação para as famílias.

As cidades da região serrana do Rio de Janeiro foram devastadas em uma catástrofe, agravada pela força impressionante com que a água desceu até o leito dos rios e, principalmente, pela sua própria geografia. Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo fazem parte da Serra do Mar, uma cadeia de montanhas que se estende do Rio Grande do Sul até o Espírito Santo.

As cidades se estendem em vales, cercados de morros, e cortadas por rios. Os morros cederam em grandes avalanches de terra e os rios transbordaram, aumentando a destruição.

As montanhas são muito íngremes. A vegetação maciça cobre uma fina camada de terra sobre rochas. Muitas áreas são ocupadas de modo irregular, desestabilizando a formação. A água penetra e o terreno cede por falta de estrutura.

O especialista em situações de risco, Moacir Duarte, participou ao vivo, nesta quinta-feira, do Bom Dia Brasil, e disse que o que aconteceu na região serrana foi muito pior do que ocorreu no ano passado em Angra dos Reis e no morro do Bumba, em Niterói.

“O que a gente tem aqui é um cenário bem pior. Enquanto a chuva caía, instabilizava as encostas, aquelas que foram cortadas irregularmente pelas ocupações. Em função dos rios dessa região, tanto de Friburgo, Teresópolis, quanto Petrópolis, correrem encaixados em falhas geológicas , ou seja, em vales de paredes muito inclinados , quando chove, a água chega rapidamente ao leito. Nós vamos levar aproximadamente um mês para ter noção da dimensão exata dessa tragédia”, explica Duarte.
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Fonte: G1/Jornal Hoje

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